Uma das questões que a Igreja em África procura continuamente resolver é a emancipação econômica da Igreja, para encontrar os próprios méis para a evangelização. A esse propósito encontramos no Capítulo Primeiro da Exortação Apostólica pós-sinodal Africae munus mais concretamente nos números 15 a 16 esta passagem:
A África é capaz de garantir a todos os indivíduos e nações do continente as condições basilares que lhes permitam participar no desenvolvimento. Deste modo, os africanos poderão colocar os talentos e as riquezas que Deus lhes deu ao serviço da sua terra e dos seus irmãos. A justiça, praticada em todas as dimensões da vida privada e pública, econômica e social precisa de ser sustentada pela subsidiariedade e a solidariedade. Mais adiante (continua a mesma passagem) nem o Estado nem qualquer sociedade mais abrangente devem substituir-se à iniciativa e à responsabilidade das pessoas e dos corpos intermédios.
Esta frase apresenta-se como um convite às Igrejas africanas a encontrar meios próprios para a evangelização, sem ter que depender demasiado de terceiros e há muitas igrejas africanas que têm avançado neste sentido. Ainda a esse propósito no N° 16 do capítulo primeiro da mesma Exortação apostólica Africae Munus do Papa Bento XVI le-se, e citamos: a solidariedade é garantia da justiça, e ainda: «a justiça é a virtude que distribui a cada um o bem que lhe pertence (…), não é justiça do homem aquela que subtrai o homem ao verdadeiro Deus » Fim de citação. A esse propósito e a propósito de como é que as Igrejas Africanas podem enfrentar a delicada mas necessária questão da própria emancipação econômica naturalmente sem transformar tal emancipação em actividade econômica em si mesma, temos uma entrevista do Reverendo padre José da Cruz Botelho Pereira Sacerdote de S. Tomé e príncipe e trabalhador da propaganda Fide o dicastério da Santa Sé que apoia as obras da propagação da fé não só com meios espirituais, mas também com meios materiais como a construção de Igrejas, seminários, escolas, casas de saúde e de assistência social. A esse propósito começamos por dirigir a seguinte questão ao Padre Botelho que em seguida nos dá o seu parecer e alguns ilucidativos esclarecimentos.
Fonte: Rádio Vaticano