A delegação da Santa Sé lançou um comunicado na Cop24, a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima que se realiza em Katowice, na Polônia, no qual reforça o urgente apelo de ouvir o grito da Terra com uma particular atenção às pessoas mais vulneráveis por causa das mudanças climáticas
Cidade do Vaticano
No âmbito da Reunião da Cop24, a Conferência Mundial sobre o Clima em Katowice na Polônia, a Santa Sé lançou em uma coletiva de imprensa duas indicações: “Ações e solidariedade”. Ao citar a Laudato si’, padre Bruno Marie Duffé, coordenador da delegação da Santa Sé guiada pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado, confirmou firmemente a necessidade de escutar atentamente o grito da Terra que, como diz Papa Francisco, está gemendo de dores”.
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Ações urgentes
Uma das grandes preocupações é o último relatório da IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, no qual se fotografa o impacto devastador da mudança climática nas comunidades de todo o mundo. A partir dessas informações torna-se necessário ouvir o alarme lançado pelos cientistas. Na coletiva de imprensa – segundo o comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé – intervieram também Mercy Chirambo, representante da Cáritas de Malawi (Cadecom), e Joseph Sapati Moeono-Kolio, representante dos Pacific Climate Warriors. Os relatores insistiram na necessidade de uma ação urgente de solidariedade para com os mais vulneráveis às mudanças climáticas.
Solidariedade global
Falando no início da Cop24 o cardeal Parolin perguntou-se se “há suficiente vontade política para colocar em prática as várias soluções que temos a disposição”. E o padre Duffé pediu “ações urgentes e decisões urgentes em uma verdadeira e recíproca solidariedade global”. Lançando o apelo para que se trabalhe para criar condições para que seja garantido a todos um emprego digno, que respeite os direitos humanos e proteja os mais fracos e os mais pobres.
Também é fundamental o trabalho que está sendo feito nas comunidades “porque – sublinhou padre Duffé – como recordou o Papa Francisco, a chave é a vontade política de fazer uma transformação radical”. Queremos ser recordados – escreveu o Papa – apenas pela incapacidade de agir quando era urgente e necessário?”.