“Deus abençoe por estarem conosco”, Padre Ezequiel Perin, cidade de Cruzeiro do Sul, RS.
Crédito Sofia Kich
Neste momento de reconstrução, após as enchentes que devastaram o sul do país, a ACN-Ajuda à Igreja que Sofre inicia a campanha de apoio a igrejas e casas paroquiais atingidas pela grande enchente
A catástrofe que atingiu grande parte do estado do Rio Grande do Sul já levou consigo vidas e sonhos, e em meio aos escombros amarronzados pela lama, o momento é de reconstrução e renovação das cidades e suas paróquias. A ACN – Ajuda à Igreja que Sofre assumiu a iniciativa de procurar as Dioceses atingidas e oferecer ajuda para este momento de limpeza e reorganização, com o lançamento da campanha “Rio Grande do Sul – um pedido de socorro que não pode ser ignorado”, um projeto de apoio destinado às paróquias atingidas pela enchente: https://www.acn.org.br/rio-grande-do-sul/
A campanha tem como objetivo auxiliar a reconstituição da rotina pastoral, nos itens e utensílios fundamentais para o trabalho diário, como mobiliário, computadores e demais materiais da rotina das igrejas e secretarias paroquiais.
Assim que chegaram as informações da tragédia, a ACN aprovou um pedido de ajuda emergencial para mais de 30 paróquias que sofreram com as inundações. A prioridade da Igreja diante de situações que afligem o povo é sempre acolher e cuidar, ainda que a enchente também tomava as instalações paroquiais.
Catedral de Novo Hamburgo destruída pela grande enchente
Divulgação ACN
“Um grupo de pessoas pedia socorro na casa paroquial, às 22h30, pois o rio estava transbordando. Imediatamente abrimos a igreja e demos espaço para eles. Meia hora depois já havia umas vinte pessoas, compartilhando o que tínhamos: pão biscoito, leite, suco e fruta. ficamos acolhendo os desabrigados. Começamos a colocar todos os eletrodomésticos em cima das mesas. A água já tocava nas minhas canelas. Pegamos cobertores na Igreja e protegemos os computadores e máquinas de costura. As águas já estavam na altura das minhas coxas. Levamos o que podíamos para a Igreja. Voltei ao depósito da Igreja para pegar material de limpeza. As águas estavam na minha cintura. Na Igreja aumentava o número de pessoas. Vinham cadeirantes, idosos, famílias com crianças. Cada família trazia um cachorro. Pelas 2h da madrugada, tínhamos 100 pessoas na Igreja. Organizei os grupos, orientei para que mantivessem a limpeza. Tive que ir buscar mais material de limpeza: água sanitária, sacos de lixo, facas e copos. As águas estavam no meu umbigo. Mais pessoas vinham”, relata o Padre Vicente Zorzo, SJ – Paróquia Santíssima Trindade – Porto Alegre
De fato, a Igreja é mais que paredes e mobiliários, é um espaço de encontro e solidariedade, sobretudo em meio à desolação. Por isso mesmo que as paróquias se tornaram em ponto central para a distribuição de ajuda e, mais importante ainda, na referência de acolhimento para as comunidades que ainda enfrentam tantos desafios.
Com tanto a fazer e tão poucos recursos, a Igreja do Rio Grande do Sul conta com a sua ajuda. É necessário superar a atual situação e substituir a lama pelas cores da esperança em uma vida reconstruída. Página para ajudar na campanha: https://www.acn.org.br/rio-grande-do-sul/
Link para baixar as fotos e vídeo de depoimento do Bispo de Novo Hamburgo: https://acnbr-my.sharepoint.com/:f:/g/personal/rodrigo_acn_org_br/EiLMIsG1DQFJvNBueHhZdmMBlLQYLrniv_VbCq8tAgCyQA?e=UJdHR6