A urgência e a emergência da mensagem de Aparecida

Vivemos em meio a grandes crises: isso é o que torna a mensagem de Aparecida tão emergente e urgente. Ainda que ela não nos apareça hoje, está muito claro o quanto devemos fazer o que ela nos pede.

Ao longo da história da Igreja ocorreram diversas vezes aparições da Virgem Maria, Mãe Santíssima. De acordo com o website The Miracle Hunter, este fenômeno mariano soma-se mais de 2 mil desde a primeira – reconhecida pela Igreja – ao Apóstolo Tiago Maior às margens do rio Ebro em Zaragoza, Espanha, nos anos 40 d.C. Dos mais célebres lugares de aparições, destacam-se Lourdes e Fátima, centros de peregrinação mundialmente conhecidos.

As aparições de Maria testemunham a sua presença viva e ativa na vida da Igreja. Ela vem manifestar o seu amor materno por seus filhos, aparecendo não para revelar uma nova doutrina ou algo nunca dito antes, mas para recordar incansavelmente a mensagem de Jesus. Na medida em que a Igreja está em movimento e continua a esquecer que Deus nos disse tudo de uma vez e a um só tempo no seu Filho, Nossa Senhora vem para nos recordá-lo. Esta é a missão que recebeu aos pés da Cruz: ser a mãe educadora da Igreja. Basicamente, as aparições marianas sempre tiveram uma conotação apologética. Na maior parte de suas mensagens, ela pede por uma conversão dos costumes e pela reparação às ofensas contra Seu Filho Jesus, num contexto em que algum artigo da sã doutrina cristã se encontra visivelmente ameaçado.

Elas têm como característica acentuar talvez um ou outro aspecto particularmente urgente numa determinada época, num determinado lugar. Na França ela aparece durante a Revolução Francesa e pede pela conversão dos pecadores. Em Fátima (Portugal), solicitou penitência pela conversão dos pecadores e a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração, no período que antecedeu a Revolução comunista naquele país. A aparição ao índio em Guadalupe aconteceu quando os marxistas tentavam dominar o país e o governo mexicano tentou privar a Igreja do seu direito de educar e, em seguida, preencher o vazio com a educação comunista e a perseguição aos padres, além de forçar os professores mexicanos a ensinar suas satânicas doutrinas.

Brasil

No Brasil não foi diferente. Há 300 anos, quando os pescadores encontraram a imagem de Aparecida, o país ainda vivia o período da escravidão. Nos arredores de Guaratinguetá, em São Paulo, havia muita violência. Os pobres eram excluídos, principalmente os indígenas, negros e seus descendentes. A população era constituída, na sua maioria, por mulheres. Havia muita miséria e corrupção. A justiça quase sempre era comprada pelos ricos. Os pobres ficavam à mercê da sorte. Boa parte dos homens estava nas Minas, em busca das iludidas riquezas. Os senhores abusavam das mulheres escravizadas e, quando elas ficavam grávidas, eles as degolavam e jogavam seus corpos e suas cabeças no rio. E Maria vem desta maneira: uma mulher negra, grávida, com cabeça e corpo separados.

E aqui vai uma curiosidade. Provavelmente, a imagem foi esculpida por frei Agostinho de Jesus, por volta do ano de 1600. Há indícios de que era uma imagem colorida e era uma representação do título de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, o que lhe rendeu o título de “Nossa Senhora da Conceição Aparecida”, quando encontrada pelos pescadores, em 17 de outubro de 1717. Por ter ficado um tempo no Rio Paraíba, a imagem perdeu as cores originais, ficando como a conhecemos hoje. Para alguns, a escultura de barro ganhou seu característico tom escuro por causa do lodo, da ação do tempo e da água do rio Paraíba do Sul. Para outros, o que a teria causado a transformação foi a fumaça das velas do oratório improvisado na casa de Silvana da Rocha Alves, mãe de João, um dos pescadores.

Hoje ainda vivemos em meio a grandes crises. Nas famílias, na política… a pobreza e miséria da época da descoberta da imagem no rio não é diferente da de hoje.

Isto é o que torna a mensagem de Aparecida tão emergente e urgente. Ainda que ela não nos apareça hoje, está muito claro o quanto devemos fazer o que ela nos pede: oração a Ela, ao Sagrado Coração de Jesus, a continuidade da oração, da conversão, do jejum e da penitência.

A devoção à Nossa Senhora é algo que se estende pelo mundo inteiro. Às inumeráveis orações dedicadas à mãe de Deus e nossa alinham-se muitos testemunhos de graças alcançadas como também reflexões sobre o poder de sua intercessão em favor. Maria quer caminhar ao nosso lado para que não percamos de vista seu Filho Jesus. Ela nos conduz à santidade, que o verdadeiro cristão deve seguir, com base no Evangelho do amor, que Cristo nos ensinou. Maria não deseja, de forma alguma, que percamos de vista a nossa meta final: o Céu. Para isso, a fim de que também não nos esqueçamos da mensagem salvífica que seu Filho Amado veio nos trazer, como Mãe ela se apresenta a cada um de nós e, como Medianeira, vem até nós nos reconduzir ao caminho certo.

Novena de Nossa Senhora Aparecida

Assim, atendamos aos pedidos de Nossa Senhora Aparecida e, com súplicas, orações, penitências, peçamos sua interseção para que Nosso Senhor conduza o Brasil para aquilo que ele foi destinado durante a primeira missa realizada aqui em abril de 1500: ser a Terra de Santa Cruz.

Participe da Novena de Nossa Senhora Aparecida no Hozana e reze conosco por todas as urgências de nosso tempo (clique aqui para se inscrever).

Wellington de Almeida Alkmin, pelo Hozana

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here