A mística do agente pastoral

    São Paulo acabara de falar das grandes revelações que teve, pois Deus o privilegiou com experiências extraordinárias. Ele poderia se orgulhar dessas experiências, mas prefere abrir mão desses argumentos. Ele afirma que “para eu não me encher de soberba, em razão da grandeza das revelações, foi me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me torne orgulhoso.”

    Muito se especulou sobre a questão do “espinho na carne”. E as respostas encontradas são muitas. Parece que o versículo 10 dá resposta a essa questão. “Espinho na carne” é isto: fraquezas, injúrias, necessidades, perseguições e angústias sofridas por amor de Cristo. Em outras palavras, trata-se dos conflitos que o agente de pastoral encontra e enfrenta dentro e ao redor de si mesmo. Por dentro, a pessoa se sente cheia de fraqueza e de necessidades. Hoje poderíamos afirmar, por exemplo, que medo, insegurança, despreparo, falta de recursos materiais e humanos etc. são parte das fraquezas e necessidades que batem à porta do agente de pastoral.

    Por outro lado há os conflitos que vêm de fora. O texto fala claramente de “injúrias, perseguições e angústias sofridas Poe amor de Cristo”. São Paulo passou por essas situações de morte provocadas pelas armas da palavra mentirosa e pelas armas propriamente ditas.

    Se olharmos para dentro de nós e ao nosso redor, veremos que cada agente de pastoral possui um “espinho na carne”. É preciso saber conviver com ele. São Paulo pediu por três vezes que Deus o livrasse disso tudo.

    Deus responde: “A você, basta a minha graça, pois é na fraqueza força se mostra perfeita”. Nasce assim uma espiritualidade do conflito, uma mística que descobre Deus, não no sucesso, mas justamente no aparente fracasso de pessoas e projetos, pois o próprio Deus se manifestou no aparente fracasso de Jesus na cruz.

    Deus está presente nos conflitos internos e externos que enfrentamos. Não se trata de uma presença que dispensa as pessoas e sim de uma presença que é graça, força e dinamismo. E por ser tal, nos ajudará a conviver com os próprios limites e a enfrentas os conflitos vindos de fora, sem que sejamos engolidos por eles: “Quando sou fraco, então é que sou forte.

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