“A missão da Igreja no Estado Laico” é tema de Mutirão Ecumênico do Sulão

Oitava edição do encontro ecumênico debateu a laicidade do estado e o papel da Igreja diante do cenário

Cerca de 200 pessoas reuniram-se, em Florianópolis (SC), no VIII Mutirão Ecumênico do Sulão, que compreende os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, para refletir sobre o tema  “A missão da Igreja no Estado Laico” e o lema “Venha a nós o teu reino”. O evento foi realizado de 28 a 30 de agosto.

O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, participou da mesa-redonda do encontro, juntamente com o representante da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Oneide Bobsin; e do ex-senador da República, Pedro Simon. A mediação foi feita pela secretária geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), pastora Romi Bencke.

O ponto de vista da CNBB sobre o Estado laico foi apresentado por dom Leonardo Steiner. O secretário geral explicou os significados dos termos laico, estado e Igreja. Lembrou que a missão recebida pela Igreja é a de construir o Reino de Deus para todos. Disse, ainda, que “hoje existe uma separação muito grande entre Igreja e Estado”.

Por sua vez, o pastor Bobsin recordou”que existem coisas que são distintas, mas não separadas”. Ao comparar Igreja e Estado, disse que cada um é “braço de Deus”. O pastor falou, ainda, que é preciso fugir do senso comum de que política é coisa suja e pecado. “Desta forma ao longo dos anos ela  foi demonizada e as pessoas entram na alienação de dizer que não gostam de política o que dificulta ainda mais a relação entre Igreja e Estado”, acrescentou.

O ex-senador da república Pedro Simon ressaltou que  o brasileiro vive hoje um grande momento de expectativa e uma grande reforma de estrutura e que há um movimento no sentido de determinar que democracia exista, que o congresso exista e que a justiça seja feita.

Segundo a pastora Romi Bencke, “o Conic compreende que a separação entre Igreja e Estado é saudável para as próprias religiões, porque o Estado precisa ser neutro para que haja coexistência do convívio entre todas as religiões”. Pastora Remi acredita que nesta colocação, nenhuma religião deve ser mais privilegiada do que outra.

Oficinas

Durante o Mutirão também houve oficinas temáticas que buscaram instigar a reflexão e trabalhos que promovam a missão da Igreja no Estado, uma vez que muitos padecem por falta de políticas públicas.

As atividades foram organizadas pelo Conselho de Igrejas para Estudo e Reflexão (CIER) de Santa Catarina, órgão que trabalha como extensão do Conic, com o objetivo  de mostrar os avanços na busca de unidade entre as Igrejas e reunir propostas de ações conjuntas em direção ao tema proposto.
Com informações e foto do Mutirão Ecumênico Sulão

Fonte: CNBB

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