A luz que brilha sobre a divisão e nos une!

    A liturgia deste terceiro domingo do tempo comum nos introduz na dinâmica do Reino de Deus e no chamado dos primeiros discípulos.
    Como comunidade eclesial nos reunimos todos os domingos em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, luz que ilumina a humanidade. É esta luz divina que ilumina os caminhos da nossa comunidade, a convivência, a missão e o trabalho nossos de cada dia. Atendendo ao chamado do Senhor para segui-lo, tornamo-nos seus discípulos no anúncio e na propagação do Reino de Deus.
    São Paulo, neste domingo, nos chama a viver a concórdia e que não se tenha divisões na comunidade eclesial. São palavras oportunas, sempre repetidas pelo Papa Francisco, as do Apóstolo Paulo à Comunidade de Corinto: “Irmãos, eu vos exorto, pelo nome do Senhor nosso, Jesus Cristo, a que sejais todos concordes uns com os outros e não admitais divisões entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos e concordes no pensar e no falar. Com efeito, pessoas da família de Cloé informaram-me a vosso respeito, meus irmãos, que está havendo contendas entre vós. Digo isso porque cada um de vós afirma: “Eu sou de Paulo”, ou “eu sou de Apolo”, ou “eu sou de Cefas”, ou “eu sou de Cristo”. Será que Cristo está dividido? Acaso Paulo é que foi crucificado por amor de vós? Ou é no nome de Paulo que fostes batizados?” Fica claro que as disputas de poder, na Igreja, causam grande sofrimento. Infelizmente vendo alguns pregando o culto de si próprio e não a doutrina completa e integral de Cristo Ressuscitado.
    Por isso, Jesus começa a sua pregação nas periferias existenciais do seu país. Inicia a sua vida pública, na Galiléia dos Pagãos. Lugar que não tinha nenhuma importância econômica, nem política e nem social, foi neste lugar inóspito que Jesus anunciou o Reino de Deus, com a chamada universal à santidade:”Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo”(cf. Mt 4, 17), “porque o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz, e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”(cf. Mt 4,16).
    Neste momento em que Jesus chama os dois filhos de  Zebedeu, Simão e seu irmão André, o Senhor demonstra que usa dos pecadores, dos menores, dos mais rejeitados e dos mais maltratados para manifestar o Reino de Deus, que é mistério de amor e de doação pela humanidade.
    Cantemos, pois, nesta semana pedindo que o Senhor seja a nossa luz e a nossa salvação.O senhor é a proteção de minha vida, nenhum mal temeremos!