A liberdade doada por Jesus

    Jesus é um homem radicalmente livre. Manifestou isso em cada momento de sua vida. E também na maneira como enfrentou sua própria morte. O tema da liberdade é um dos poucos que ainda são capazes de conseguir que pessoas de todas as classes e ideologias saiam às ruas e se manifestem em defesa de seu direito sagrado. E isso é muito positivo quando num momento em que os símbolos religiosos são atacados por pessoas que não tem respeito humano e nem respeito pela religiosidade da gente brasileira. Liberdade, também, para que a Igreja se oponha a farsa de se impor, de maneira malévola e subliminar, na surdina dos escaninhos públicos, uma ideologia de gênero que quer caminhar para o fim da humanidade querida por Deus de homem e mulher criados para serem homem e mulher. Assim sempre foi e assim sempre deverá ser!
    Mas, ser livre continua sendo uma aventura difícil, um caminho arriscado. Significa assumir a responsabilidade de tomar as rédeas da própria vida. Implica assumir os erros sem procurar justificativas e sem lançar a culpa sobre os outros. Isso é difícil.
    O Evangelho do décimo domingo do Tempo Comum manifesta a soberana liberdade de Jesus. Para defender sua própria opção, Jesus não teme enfrentar a sociedade e nem mesmo a própria família. Até o ponto de declarar que sua família não é a do sangue, mas a daqueles que obedecem a vontade de Deus. E Deus não tem outra vontade que não seja a nossa salvação e a nossa liberdade. Porque é “para que sejamos homens livres que Cristo nos libertou”.
    Jesus não renunciou a sua liberdade em favor de sua vida. O pecado maior do qual Jesus fala no Evangelho é a renúncia à liberdade, pois ela é o dom maior que Deus nos deu de presente. Somos convidados neste domingo a seguir nosso caminho com Jesus. Isto significa viver de maneira intensa a nossa liberdade e tomar nossas decisões, conscientes de que não há mais do que uma realidade: somos irmãos e irmãs, filhos do mesmo Pai. Nossas ações devem estar dirigidas para a construção da fraternidade e não para a destruição, pois a glória de Deus é o bem do homem. Essa é a vontade divina. Essa é a mensagem que São Paulo pregou sempre: libertar-nos de todas as opressões para vivermos na liberdade dos filhos de Deus. Que jamais pequemos contra o Espírito de liberdade.