O Dia Mundial do Hanseniano, celebrado no último domingo de janeiro, foi instituído em 1954 pelo escritor e jornalista francês Raoul Follereau. Todos os anos, mais de 200 mil pessoas, entre adultos e crianças, contraem esta doença. Não se conhece exatamente o número dos hansenianos no mundo, até porque alguns Estados não querem que se saiba acerca da presença desta doença em seu território. A causa principal continua sendo a pobreza, a ausência de serviços médicos, de higiene, a escassa alimentação e os preconceitos culturais, pelos sinais que doença deixa no corpo. Hoje, muitos leprosários assistem também os infectados pelo vírus HIV, numerosos e marginalizados, especialmente em alguns contextos. A Igreja missionária tem uma longa tradição de assistência aos doentes de lepra, muitas vezes abandonados pelos próprios familiares, e sempre lhes forneceu, além dos cuidados médicos e da assistência espiritual, possibilidades concretas de recuperação e reinserção na sociedade. Em muitos países, de fato, ainda é grave a discriminação em relação a esses doentes, por a lepra ser supostamente incurável e pelas terríveis mutilações que provoca.
Fonte: Revista Mundo e Missão