O Reino de Deus é dinâmico e os alicerces foram estabelecidos por Nosso Senhor Jesus Cristo, há mais de dois mil anos, quando nos prometeu, depois de partir para o Pai, o Espírito Restaurador e Santificador. Como é gigantesca a força do Espírito do Senhor Jesus, que continua a dizer aos homens e mulheres de hoje: “O que vos peço é que não os tireis do mundo, mas os livreis do mal” (Jo 17, 15).
Por isso mesmo suplicamos que o Espírito Santo venha reavivar nosso coração, sem nos esquecermos de colocar em nossas mãos e em nossa boca o amor solidário e fraterno, assemelhando-nos a Jesus, ao entrelaçar caridade e oração, nas palavras de Madre Teresa: “As mãos que ajudam são mais sagradas do que os lábios que rezam”.
O mundo, no qual estamos inseridos, é profundamente conturbado e assaz marcado pela ausência de paz, evidenciado nos sinais de morte e violência de toda natureza. Só mesmo um mundo inflamado da força incomensurável da bondade misericordiosa de Deus e consciente de que a Igreja é organização de voluntários, da qual se espera muito de seus membros, não só com obrigações e vínculos, mas, sobretudo, com clareza de convicção, pelos atos de seus membros, no mais profundo e generoso amor ao próximo, com o mesmo amor com que Jesus amava.
Nossa missão é a de jamais nos esquecermos de que o nosso bom Deus, com sua ternura e seu gesto amoroso e amigo, deu-nos de presente o “Consolador, o Advogado, o Intercessor, aquele que nos assiste e nos defende, e está ao nosso lado no caminho da vida e na luta pelo bem e contra o mal. Toda vez que a palavra de Jesus é acolhida com alegria em nosso coração, isso é obra do Espírito Santo” (Papa Francisco).
Como são excelsos os dons do Espírito Santo, entendidos por sua infusão, sua força renovadora e alentadora, sem esquecer sua presença viva e atuante. Mas como nos converter ao seu projeto de amor? Jamais podemos prescindir da raiz da nossa vocação, a filiação divina, convencendo-nos sempre mais do sonho da construção de um mundo mais humano, segundo a vontade de Deus, no que o Papa Francisco também asseverou: “O imenso dom de amor, que é a morte de Jesus na cruz, brotou para toda a humanidade como uma cascata enorme de graça: a efusão do Espírito Santo. Quem mergulha com fé nesse mistério de regeneração renasce para a plenitude da vida filial”.
Convencidos de que somos enviados a anunciar as maravilhas de Deus, como continuadores da missão do nosso Mestre e Senhor, ofertando largamente ao mundo os mesmos dons recebidos no batismo, mergulhados, evidentemente, no inefável mistério do próprio Deus, numa vastíssima diversidade de dons, ministérios e atividades, somos chamados a formar um só corpo, que é a Igreja de Cristo. Eis, pois, estimado leitor, nossa humilde reflexão. Assim seja!