A desconstrução da religião do bem

    Guerra religiosa, terrorismo religioso e atrocidades em nome de Deus, são a desconstrução da religião do amor, da paz e da liberdade. Nos bastidores funciona o projeto da “Elite Dominante Mundial – Os Senhores do Capitalismo Global”. Tudo pelo domínio do poder, do dinheiro e da luxúria.
    O sistema político, social, econômico e cultural não projetam e não realizam tanto lucro no cenário mundial do que o sistema religioso. Na verdade, a estrutura do capitalismo é uma religião fortemente impregnada em todo sistema coletivo e individual. Da corporação ao individualismo e toda gamação de narcisismo, hedonismo, consumismo e materialismo.
    Os acontecimentos no sistema religioso são os que mais chamam atenção da opinião pública e os que mais vendem. O supermercado religioso tem a maior clientela do mundo que alcança todo cantão do planeta com seu programa para os benefícios da matéria, hoje bem em voga a teologia da prosperidade e o paraíso como consolo para os infelizes e para o homem-bomba.
    A Elite Intelectual Capitalista tem mais sucesso econômico no sistema religioso devido os álibis que tal sistema oferece gratuitamente. Os álibis vão desde os atos violentos, passando pelos cismas, pelos grandes líderes religiosos que se reúnem com belos discursos, se encontram com pompas, rezam juntos, no entanto, não comungam da Eucaristia que juntos celebram, porque estão divididos e separados.
    O assunto religioso é altamente complicado é um campo minado com colossais incompatibilidades. Não é matéria para amadores e curiosos. O jornalista e escritor inglês, autor do livro “Deus não é grande – como a religião envenena tudo”, Chistopher Hitchens escreve: “A religião distorce as origens do ser humano e do cosmos; incentiva o fanatismo, sendo cúmplice da ignorância e do obscurantismo” (1).
    “Segundo estimativas, são assassinados todos os anos no mundo uma média de mais de 100 mil cristãos pelos simples fato de serem cristãos. Eles são vítimas, principalmente, de radicais islâmicos, mas também de ditaduras comunistas e de radicais hindus no interior da Índia” (2).
    O Dr. Manuel Castelo Branco, diretor do Instituto de Contabilidade,  Administração de Coimbra,  mestre em Direito e especialista na área fiscal: afirma que o capitalismo atual “tem uma dimensão tumoral, patológica, cancerosa e transforma a economia na economia do inumano”.  “A essência do capitalismo” reside no “lucro”, e não na realização da pessoa humana: “Se o fosse, esta economia não mataria”. “O mercado devorou literalmente o trabalho”, pelo que “a pessoa não é o referencial da atividade econômica”, sustentou, acrescentando que na “semântica do capitalismo” não se fala “em pessoas, mas em capital humano, em fator de produção trabalho, recursos humanos”. “Ao converter a pessoa em fator de produção, o capitalismo “coisifica”” a primeira, tornando-a “em mercadoria de rosto humano”. “O capitalismo devorou também a natureza”, assim como “o amor e a bondade” (3).
    Vivemos uma terrível guerra contra a religião do bem, contra a fé, o amor e a esperança. Os apóstolos da religião capitalista são missionários das causas mais deploráveis da humanidade. São os teólogos da hermenêutica “do quanto pior melhor” e o seu evangelho é da péssima notícia. Seu livro sagrado contém os dogmas econômicos e seus adoradores estão nos templos: bancos e shoppings-center. No mundo impera a trindade capitalista: poder, dinheiro e luxúria e têm seguidores em todos os recantos do mundo globalizado.
    Faz muito sentido as palavras exortativas de Jesus Cristo: “Ninguém pode servir a dois senhores. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6, 24).

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