Para ver o Brasil jogar tudo para, as pessoas torcem, vibram, às vezes ficam decepcionadas, falam mal, mas tudo é festa! Até os problemas e os políticos do país ficam de lado. A grande pergunta é esta: o futebol vai mudar o Brasil, alguma coisa nova deverá acontecer? Pelo que vemos tudo não passa de competição, de euforia sem melhorar as condições de vida das pessoas.
No entender das Palavras de Jesus Cristo, vence quem joga com determinação e com esperança de conseguir vencer. Assim acontece no itinerário do Reino de Deus, pois se constrói uma Boa Nova com compromisso de fidelidade voltada para os seus objetivos. É um caminho de libertação onde a alegria da vitória não é superficial e sem consequências positivas para a estabilidade da comunidade.
Sabemos que não é possível conseguir vitória sem sacrifício, seja no jogo de futebol, como também em qualquer outro tipo de enfrentamento. A prática da fé vem sempre assentada numa construção formativa, baseada na Palavra de Deus. Não é caminho fácil e nem de portas largas. Aliás, Jesus fala das consequências de entrar pela porta estreita ou pela porta larga (cf. Mat 7,13-14).
O interessante é que as grandes conquistas podem vir de “frascos” pequenos e simples. Isso acontece na dinâmica do Reino de Deus. Jesus era Filho de Carpinteiro, da classe pobre, sem influência, mas dotado de postura, de determinação e consciente de sua missão. Isso pode ser importante na vida de um jogador da Copa, porque joga com garra, mas também sabe sofrer numa possível derrota.
É possível conquistar a vitória. Mesmo com a significativa evolução da cultura tecnológica do Brasil, muita coisa está por ser feita. Podemos construir um país melhor, sem tanta pobreza e menos violência. Mas temos que atuar nos momentos de decisão. Um deles é o voto consciente, com nossas mentes fixadas na esperança. Nem tudo está perdido e muito progresso ainda pode acontecer.
O brasileiro vive incomodado com o estado das coisas no país. Existem muitas formas de infidelidade, de práticas imorais na administração pública causando prejuízo para a coletividade, legando um mundo que dificulta a vivência das pessoas. Com isso, pobres e ricos ficam psicologicamente fragilizados. Mas tudo pode ser diferente a partir da retomada de objetivos na construção do Estado Brasileiro.