Estamos celebrando, na Igreja no Brasil, o mês da Bíblia, como acontece todos os anos no mês de setembro. Para nós católicos continua um desafio colocar a Bíblia na mão e na missão de nossos batizados. Fico muito triste quando entro numa casa e vejo a Bíblia aberta no Salmo 90, sempre no lugar de maior destaque da residência visitada. Parece até que nós não estamos acostumados com a reflexão e a leitura da Palavra de Deus que deve ser para todos nós “lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos!”.
Um dos desafios da Catequese em nossos dias é criar uma familiaridade, desde a mais tenra idade, de nossos catequisandos com a Palavra de Deus. É lógico que colocar a Bíblia debaixo do braço, apenas para dizer que conheceu a Palavra de Deus, é um contra-senso. Mais do que ser carregada ou demonstrada a Palavra de Deus é Palavra eficaz, viva, transformadora. Devemos antes de tudo, ao ler e conhecer o que nos foi revelado por Deus, viver o que está contido na Palavra de Deus. A Palavra de Deus, por seu turno, só pode ser conhecida e interpretada à luz da Tradição da Igreja. Não podemos pegar uma citação da Bíblia e fazer uma análise que seja desconecta da sua redação, do ambiente em que o texto foi revelado e da maneira como ele deve ser interpretado.
A Palavra de Deus é a resposta para tanta desorientação em que se vive os tempos hodiernos de tanta informação ou mesmo de grande difusão do que é guerra, do que é morte, do que é corrupção, do que é contra testemunho. A Palavra de Deus nos pede uma fidelidade a um Deus vivo, que fez uma aliança com a humanidade, que enviou o seu filho primogênito, Nosso Senhor Jesus Cristo, para pregar o Evangelho, sendo que o próprio Cristo foi condenado injustamente, açoitado, crucificado mais teve uma palavra definitiva sobre toda a maldade humana ressuscitando ao terceiro dia e vivo entre os homens e as mulheres, porque “Ele está no meio de nós!”.
Vamos neste final do mês de setembro procurar estudar a Palavra de Deus. Vamos fazer a experiência de abrir a Palavra de Deus e ver o que Deus tem para dizer para cada um de nós. Vamos partilhar a Bíblia, primeiramente, em nossas famílias, criança familiaridade com os seus santos e revelados ensinamentos divinos. Vamos voltar àqueles salutares encontros de setores, por ruas, de círculos bíblicos. Vamos tornar a Bíblia mais acessível aos nossos fiéis. Que todos nós possamos, como diz um Arcebispo muito amigo, ter “a Bíblia no coração e pé na missão!”. Boa reflexão bíblica!
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