A beata portuguesa que viveu 13 anos sem comida nem bebida além da Eucaristia

A festa litúrgica da Alexandrina da Costa é celebrada em 13 de outubro

Abeata portuguesa Alexandrina da Costa, que viveu 13 anos sem comida nem bebida além da Eucaristia, é celebrada pela Igreja no dia 13 de outubro, data da sua partida para a Casa do Pai em 1955.

Alexandrina nasceu em Balazar, Portugal, no ano de 1904, e, aos 14 anos, foi vítima de uma covarde tentativa de abuso sexual: os criminosos invadiram sua casa e ameaçaram a ela própria, sua irmã e uma amiga.

No esforço por resistirem à agressão, Alexandrina se jogou da janela do segundo andar, o que lhe causou total paralisia e a forçou a passar o resto da vida acamada.

Ela se ofereceu a Cristo, por amor à Eucaristia, como vítima pela conversão dos pecadores e pela consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria. Sua oferta foi aceita: ao longo dos seus últimos 13 anos de vida neste mundo, ela experimentou misticamente a Paixão de Cristo, com indescritíveis sofrimentos, em nada menos que 180 ocasiões.

Além disso, passou esses mesmos anos sem provar alimento nem bebida: sobrevivia exclusivamente da Sagrada Comunhão, dedicando os dias, em grau extremo, à oração e ao jejum.

Sua fama de santidade chegou a ser tamanha que milhares de visitantes devotos se dirigiam até a sua casa para ouvir as suas palavras.

Antes de partir desta vida em 13 de outubro de 1955, pediu:

“Não pequem mais. Os prazeres desta vida não valem nada. Recebam a comunhão; rezem o terço todos os dias. Isso resume tudo”.

Era o 38º aniversário do milagre do sol registrado em Fátima.

A pedido da própria Alexandrina, seu epitáfio registra esta exortação:

“Pecadores, se as cinzas do meu corpo puderem ser úteis para a vossa salvação, aproximai-vos: passai todos por cima delas, pisai-as até desaparecerem, mas não pequeis mais! Não ofendais mais o nosso Jesus! Pecadores, queria dizer-vos tantas coisas. Não bastaria este grande cemitério para escrevê-las todas! Convertei-vos! Não queirais perder a Jesus por toda a eternidade! Ele é tão bom!… Amai-O! Amai-O! Basta de pecar!”.

O Papa São João Paulo II a beatificou em 2004.

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