Estamos na terceira semana do tempo do advento. O advento é este tempo bonito de preparação para o Natal. Eu fico lembrando do meu tempo de criança, lá em Sarandira, quando a mamãe e o papai preparavam nosso Natal. A primeira preocupação deles é a única realmente era o lado espiritual. E, com saudade, lembro quando mamãe me conduzia para o confessionário para uma boa confissão, em preparação para o Natal. Parece, nestes dias, que o sacramento da confissão está meio fora de moda. As pessoas não precisariam de psicólogos se se confessassem assiduamente. Por isso Jesus vem para instaurar a paz e a alegria entre os seres humanos. São os pecadores, são os pobres, são os humilhados, são os que passam dificuldades, os primeiros que reconheceram Jesus como o Redentor, e foram os que primeiro testemunharam a sua justiça e o seu amor.
Lembramos, nestes dias, que Deus não se esquece de seus filhos, por isso Ele manda seus mensageiros para anunciar a boa nova: “O espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu; enviou-me para dar a boa-nova aos humildes, curar as feridas da alma, pregar a redenção para os cativos e a liberdade para os que estão presos; para proclamar o tempo da graça do Senhor”. Sim o Senhor vem trazer esperança, alegria para os humildes, para os pobres, paras os doentes, para os prisioneiros. Ele não vem para os ricos que habitam nos palácios ou vestem roupas vistosas, ou edificam obras megalomaníacas.
Ao falar de João Batista, ao anunciar a sua genealogia, a Igreja nos ensina a ser simples, como são para os simples que Deus anuncia a paz e traz a salvação, como testemunha privilegiada da ação de Deus no mundo, como arauto da luz divina, como precursor que anunciava o nascimento do Messias: “Eu sou a voz que grita no deserto: Aplainai o caminho do Senhor”(Jo 1,23).
Ao batizar com água, batismo de penitência, João anuncia que o Messias irá batizar com o Espírito de Deus e que “eu não mereço desamarrar a correia de sua sandálias”(Jo 1,27).
Neste tempo de esperança e expectativa Deus quer contar conosco na realização de seu plano de libertação e de paz para a sociedade hodierna. Somos, enquanto Igreja, instrumento para aplainar os caminhos do Senhor no mundo, comprometidos com a luta por um mundo mais justo e solidário, encontrando inspiração na divina misericórdia, para vivermos uma vida digna, uma vida plena como a vida nova que Jesus inaugura com a sua encarnação.
Tenhamos coragem, não sejamos tímido e não vamos temer o maligno e as suas seduções, porque o nosso Deus vem chegando para nos salvar, Ele vem para dar alegria aos pobres, os doentes, aos marginalizados, aos prisioneiros, aos que são oprimidos. Ele é o príncipe da Paz! Adoremos!