O Papa Leão XIV convocou para esta sexta-feira, dia 22 de agosto, o dia mundial de oração e jejum pela paz. Algumas vezes o Sumo Pontífice convoca todos os fiéis a se unirem em oração pela paz, diante do cenário atual que o mundo vive. A data escolhida pelo Papa Leão XIV é especial, pois nessa sexta feira celebramos a memória litúrgica de Nossa Senhora Rainha, que precisamente é a Rainha da Paz e da Concórdia. Além disso é sexta-feira, dia tradicional de penitência.
Essa iniciativa de oração e jejum pela paz pode ajudar muito, pois por meio da força da oração e pela fé podemos conseguir muitas coisas. O Santo Padre o Papa convocou esse dia mundial de oração de jejum pela paz sobretudo diante do cenário atual que vivemos com a guerra entre Rússia x Ucrânia, e a guerra no Oriente Médio entre Israel e Hamas, atingindo sobretudo a faixa de Gaza e matando tantos inocentes, sobretudo crianças. E ainda, entre Israel e Líbano. Além de outras situações de conflito pelo mundo, na África, na Ásia de na América. O intuito do Papa com essa iniciativa é que por meio da força da oração a paz reine em nossas fronteiras e os conflitos sejam substituídos pelo diálogo.
O Romano Pontífice escolheu o dia da memória litúrgica de Nossa Senhora Rainha para convocar esse dia mundial de oração e jejum pela paz por ela ser a Rainha da Paz. Portanto, rezemos e peçamos a Virgem Maria a paz para os nossos dias. O Papa está preocupado e muito triste e sensibiliza todos os fiéis sobre a situação da terra santa, local onde Jesus viveu estar em guerra, matando inocentes, brigando por territórios e não ter paz. E ainda, a guerra entre Rússia e Ucrânia que já dura praticamente há cinco anos e parece não ter fim.
Na verdade, mais do que um pedido ou imposição do Papa Leão XIV, esse dia mundial de oração e jejum pela paz é um apelo do Papa a todos os fiéis, para que usem a celebração de Nossa Senhora Rainha para pedir a paz. É preciso rezar muito pela paz, e rezar ainda pelos governantes para que “amoleçam” o seu coração, para que pensem no próximo e fiquem apenas pensando em “brigas” de território, em buscar cada vez mais a riqueza desenfreada, mas pensem em tantos inocentes que morrem por causa dos bombardeios da guerra. Que os governantes se preocupem em cuidar do seu território, da sua nação, e visem conquistar aquilo que é do outro. Que todos os governantes governem com justiça, com equidade, que governem para todos buscando a paz.
Que todos os governantes se esqueçam das armas e busquem construir “pontes” através do diálogo. Muitas vezes através do diálogo, de uma boa conversa é possível selar muitos acordos. Os líderes das nações acham que só é possível resolver as coisas através das armas, mas não é bem assim. As brigas, violência e consequentemente as guerras acontecem justamente por isso, por não saber dialogar e resolver tudo na base das armas. É preciso estender a mão para o outro e juntos “lutarem” pela paz e não pela guerra.
Os líderes mundiais deveriam primeiramente se preocupar com a crise global que vivemos, os países considerados mais “ricos” ajudarem os considerados mais “pobres”, muitas vezes a diferença econômica entre um país e outro é alarmante. Portanto, ao invés de criar guerras através de imposição de tarifas a outros países como forma de retaliação, os líderes mundiais deveriam buscar através do diálogo meios para combater a fome mundial.
Estamos próximos da COP 30 que deverá acontecer no Brasil em novembro, nesse evento alguns líderes mundiais deverão se encontrar visando dialogar sobre alguma forma de combater o aquecimento global para que o nosso planeta possa resistir mais tempo as investidas que a humanidade fez contra a natureza. Infelizmente muitos líderes mundiais não deram certeza do comparecimento, pois não estão mais preocupados com o bem de nossa casa comum.
Diante desse cenário complexo que vivemos e citamos acima, o Papa Leão XIV vendo toda essa situação e diante de um cenário de guerra que parece não ter fim faz esse apelo a todos os fiéis para que peçam a intercessão da Virgem Maria pela paz mundial. Não desistamos de rezar pela paz, para que não dissemine o ódio no mundo, mas o amor. A paz deve começar de nós, dos cristãos, na Igreja não deve haver espaço para ódio, para busca de poder, mas os cristãos devem lutar pela paz e viver a humildade, tudo aquilo que Jesus ensinou. Não é possível que um ministro de Deus dissemine guerras, propague ódios ou mesmo incentive qualquer tipo de guerra e de violência de qualquer natureza. Neste sentido, fazendo jejum e redobrando nossos joelhos junto de Deus, rezemos pedindo a proteção da Rainha da Paz:
“Maria é Mãe dos que acreditam aqui na terra e é invocada também como Rainha da Paz, enquanto a nossa terra continua a ser ferida por guerras na Terra Santa, na Ucrânia e em muitas outras regiões do mundo. Convido todos os fiéis a viverem o dia 22 de agosto em jejum e oração, suplicando ao Senhor que nos conceda paz e justiça, e que enxugue as lágrimas daqueles que sofrem por causa dos conflitos armados em curso. Maria, Rainha da Paz, interceda para que os povos encontrem o caminho da paz.” (Papa Leão XIV na audiência geral de 20 de agosto).
Nossa Senhora sempre intercede pela humanidade pedindo aos fiéis que rezem pela paz, foi um dos pedidos de Nossa Senhora em Fátima aos pastorinhos. Nossa Senhora pediu que os pastorinhos rezassem pela paz mundial e depois esse pedido foi estendido a toda humanidade. Por isso, recorramos a Virgem Maria, a Senhora da Paz, para que cessem as guerras e os governantes se preocupem em governar para o povo e não buscar apenas guerras para aumentar seu poderio.
Nossa Senhora Rainha da Paz, rogai por nós!