O prestígio do médico neurologista Dr. Sigmund Freud é conhecido como o “criador da psicanálise”, por conta da sua extensa contribuição para o surgimento desse campo clínico que tem como estudo a mente humana.
O escopo dos interesses de Freud e de sua formação profissional era muito amplo. Ele sempre se considerou, antes de tudo, um cientista, esforçando-se para ampliar os horizontes do conhecimento humano, e para esse fim (se dedica à prática da medicina) matriculou-se na faculdade de medicina da Universidade de Viena em 1873. Concentrou-se inicialmente em biologia, realizando pesquisas em fisiologia por seis anos sob a orientação do grande cientista alemão Ernst Brücke, diretor do Laboratório de Fisiologia da Universidade, e posteriormente especializando-se em neurologia.
O médico neurologista Dr. Sigmund Freud e a psicanálise se popularizaram de tal forma que suas ideias revolucionaram o mundo. O que é a psicanálise? É uma teoria que explica o funcionamento da mente humana. Além disso, a partir dessa explicação, ela se transforma num método de tratamento de diversos transtornos mentais.
O Dr. Sigmund Freud foi um dos intelectuais mais influentes do século XX. Em 1930, o Dr. Freud foi agraciado com o Prêmio Goethe da cidade de Frankfurt, Alemanha, um reconhecimento por suas “realizações literárias e científicas notáveis”.
“A psicanálise sempre foi poderosa para entender as dores humanas”, afirma: Ana Suy é Mestre em Psicologia Clínica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), escritora, professora da graduação de Psicologia, da mesma instituição.
O criador da psicanálise Dr. Sigmund Freud, amplamente conhecido mundialmente alcançou grande fama por suas teorias inovadoras sobre a mente humana e o tratamento de doenças mentais. Sua fama se estende por diversas áreas, incluindo psicologia, filosofia, pedagogia, ciências políticas, antropologia, semiótica, na arte e na cultura popular, devido à sua influência duradoura em como entendemos o inconsciente, a sexualidade e o desenvolvimento humano.
O Dr. Sigmund Freud desenvolveu a psicanálise como um método terapêutico e uma abordagem para compreender a mente, enfatizando o papel do inconsciente e da sexualidade na formação da personalidade. Suas teorias, como o complexo de Édipo e a interpretação dos sonhos, se tornaram conceitos amplamente discutidos e aplicados, apesar de controversos, tanto no campo acadêmico quanto no cotidiano. A fama do Dr. Freud reside na sua ousadia em explorar o lado obscuro da mente humana, suas contribuições para a compreensão do inconsciente e seu impacto duradouro em diversas áreas do conhecimento.
Ele articulou e refinou os conceitos de inconsciente, sexualidade infantil e repressão, e propôs uma explicação tripartite da estrutura da mente — tudo como parte de um referencial conceitual e terapêutico radicalmente novo para a compreensão do desenvolvimento psicológico humano e o tratamento de condições mentais anormais. Não obstante as múltiplas manifestações da psicanálise como existe hoje, ela pode, em quase todos os aspectos fundamentais, ser rastreada diretamente até a obra original do Dr. Freud.
O trabalho do Dr. Freud sobre o inconsciente e a terapia psicanalítica a ele associada é mais bem ilustrado por seu famoso modelo tripartido da estrutura da mente ou personalidade (embora, como vimos, ele não o tenha formulado até 1923). Este modelo tem muitos pontos de similaridade com o relato da mente oferecido pelo filósofo Platão mais de 2.000 anos antes. A teoria é denominada tripartite simplesmente porque, novamente como Platão, Freud distinguiu três elementos estruturais dentro da mente, que ele chamou de id, ego e superego. O id é a parte da mente na qual estão situados os impulsos sexuais instintivos que requerem satisfação; o superego é a parte que contém a consciência, ou seja, mecanismos de controle socialmente adquiridos que foram internalizados e que geralmente são transmitidos em primeira instância pelos pais; enquanto o ego é o eu consciente que é criado pelas tensões e interações dinâmicas entre o id e o superego e tem a tarefa de reconciliar suas demandas conflitantes com as exigências da realidade externa. É nesse sentido que a mente deve ser entendida como um sistema energético dinâmico. Todos os objetos da consciência residem no ego; os conteúdos do id pertencem permanentemente à mente inconsciente; enquanto o superego é um mecanismo de triagem inconsciente que busca limitar os impulsos cegos de busca de prazer do id pela imposição de regras restritivas. Há algum debate sobre o quão literalmente Freud pretendia que esse modelo fosse interpretado (ele próprio parece tê-lo interpretado de forma extremamente literal), mas é importante notar que o que está sendo oferecido aqui é, de fato, um modelo teórico, e não a descrição de um objeto observável, que funciona como um quadro de referência para explicar a ligação entre a experiência da primeira infância e a personalidade adulta madura (normal ou disfuncional).
Em 1925, a fama do Dr. Sigmund Freud era tão grande, que o pioneiro na indústria cinematográfica americana, o produtor Samuel Goldwyn ofereceu a ele 100 mil dólares para escrever ou só prestar consultoria. O Dr. Freud recusou o convite.
Prof. Dr. Inácio José do Vale, Psicanalista Clínico, PhD.
Especialista em Psicologia Clínica pela Faculdade Dom Alberto-RS.
Psicologia, Educação e Desenvolvimento pela Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo-SP.
Especialista em Psicologia da Saúde pela Faculdade de Administração, Ciências e Educação-MG.
Doutorado em Psicanálise Clínica pela Escola de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea. Rio de Janeiro-RJ. Cadastrada na Organização das Nações Unidas – (ONU).
Autor do livro Terapia Psicanalítica: Demolindo a Ansiedade, a Depressão e a Posse da Saúde Física e Psicológica
Fontes:
https://jornal.usp.br/cultura/radiodocumentario-celebra-os-165-anos-de-sigmund-freud/
https://en.wikipedia.org/wiki/Samuel_Goldwyn
CHEMAMA, Roland. Dicionário de psicanálise / Roland Chemama; trad. Francisco Franke Settineri. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1995.
ROUDINESCO, Elisabeth & PLON, Michel. Dicionário de Psicanálise. Tradução de Vera Ribeiro e Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
GAY, Peter. Freud: Uma vida para o nosso tempo. Trad. Denise Bottman. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
