Espiritualidade pode ser compreendida na dimensão da interioridade humana em comunhão com o Ser Divino, via ensinamentos que traz consolo a alma e significado ao sentido da vida.
Viver a espiritualidade é ser conduzido, dominado e educado pelo Espírito Santo. Essa ortodoxia prática de tal espiritualidade está conectada a uma experiência de comunhão profunda de Deus, no conhecimento do Evangelho de Jesus Cristo e na dimensão do amor, da misericórdia e da piedade.
São Paulo Apóstolo descreve o homem espiritual como aquele que vive o projeto de Deus para sua vida: a entrega total! A espiritualidade verdadeira é aquela que diz sim ao Bom Deus com sua própria vida. É a graça e a fé que agem pelo amor (Gl 5,6), a partir de um encontro pessoal com Jesus Cristo e a união de vida com Ele e Seu Evangelho (Jo 15, 5).
Os sete princípios da espiritualidade: o amor, a graça, a fé, a sinceridade, a busca de conhecimento, a humildade e a confiança. Esses princípios têm como fundamento a Santíssima Trindade e as Sagradas Escrituras.
A espiritualidade é inerente ao ser humano, ela está ligada à necessidade humana que flui em prol do sentido da vida e transborda em transcendência.
É por meio da espiritualidade que valores, sabedoria, vitalidade e crenças são edificantes, que a fé é fortalecida, que a autoconfiança é firmada, que a esperança é assegurada e apontam novos horizontes.
A fluência da espiritualidade é progressiva da dimensão das leituras sagradas, oração, silêncio, meditação, adoração, louvor e deserto. Tudo isso solidifica a comunhão particular, eclesial, social e familiar. Fluindo caridade, empatia, justiça, liberdade, felicidade e a dignidade humana.
A prática do bem-estar espiritual, advêm de uma espiritualidade sadia, equilibrada, fundamentada nas Sagradas Escrituras, na Sagrada Tradição e no Magistério Eclesiástico.
A edificante espiritualidade caminha com a ciência e a religião, a fé e a razão, psicologia e a espiritualidade, sapiência, imanência e transcendência. Na completude ética, filosófica, psicanalítica, psicológica, e psiquiátrica em prol da saúde física, emocional, mental, social e espiritual. A dimensão da espiritualidade é a saúde integral do indivíduo.
Requer impregnar em todos os seguimentos sociais a conexão dimensional da espiritualidade com fatores sociais, educacionais, políticos, econômicos, artísticos, culturais, esportivos e científicos. Tendo como centro das atenções o ser humano, a sua qualidade de vida, a dignidade humana e a saúde da alma.
Na dimensão da espiritualidade, com a teofania e a epifania acontecem de forma imensurável. A simbiose da espiritualidade, da teofania e da epifania são manifestações de Deus em forma visível e captado pelos sentidos humanos. Segundo tal manifestação, tem de Deus a operação da razão e dos sentidos iluminados para o indivíduo ser tomado pela aceitabilidade teofânica. (Agindo Deus, quem o impedirá? Is 43,13).
Expressando-se Pedro, disse a Jesus: “Senhor, é bom estarmos aqui. Se desejares, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias”. Enquanto ele ainda estava falando, uma nuvem resplandecente os envolveu, e dela emanou uma voz dizendo: “Este é o meu Filho amado em quem me regozijo: a Ele atendei!” (Mt 17, 4.5). Era preciso armar tendas, de modo aquele momento não terminasse nunca. Armar três tendas é o falar de Deus, com Deus, que deixa sua marca no tempo, no espaço, na infinitude de nossa vida.
“Moisés entrava, a coluna de nuvem descia e ficava à entrada da tenda, enquanto o Senhor falava com Moisés” (Ex 33,9). “Deus antigamente falava de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós fala por Jesus Cristo”. (Hb 1, 1). Esse falar se expressa na imensurável cristofania em sua dimensão da espiritualidade cristocêntrica.