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A Santa Sé apóia os direitos das mulheres e aqueles que os promovem. A delegação do Vaticano na Organização dos Estados Americanos (OEA), por ocasião da sessão extraordinária de quarta-feira (6) do Conselho Permanente para comemorar o Dia Internacional da Mulher de 8 de março, enfatizou a importância de apoiar a reivindicação dos legítimos direitos das mulheres.
Depois de elogiar a resolução adotada para dar “reconhecimento e visibilidade às mulheres corajosas das Américas que contribuíram significativamente para tornar este hemisfério mais justo e equitativo”, o observador permanente da OEA, monsenhor Juan Antonio Cruz Serrano, disse que a Santa Sé se une aos esforços daqueles que promovem o papel da mulher na sociedade e nas comunidades eclesiais, defendendo seus direitos nas nações. Ele fez isso à luz do fato de que as mulheres têm sido marginalizadas e subvalorizadas ao longo da história, mas também têm sido testemunhas corajosas em vários campos. Monsenhor Cruz Serrano lembrou, a esse respeito, as palavras do Papa Francisco:
“O gênio feminino é necessário em todas as expressões da vida social; portanto, a presença das mulheres deve ser garantida também no local de trabalho e nos vários lugares onde são tomadas decisões importantes, tanto na Igreja quanto nas estruturas sociais.”
Inúmeros testemunhos de coragem feminina
“Temos tantos exemplos de mulheres na Igreja que contribuíram para a defesa dos direitos humanos e responderam às necessidades do momento”, disse novamente o delegado do Vaticano, citando alguns exemplos como Isabel Seton, Madre Cabrini nos Estados Unidos – que promoveu escolas para os mais pobres da sociedade, Mama Antula na Argentina, Santa Rosa da Lima no Peru, Maria Francisca de Jesus no Uruguai. “Muitas dessas mulheres resilientes e corajosas”, enfatizou ele, “permaneceram anônimas, mas sua memória e determinação continuam a desafiar as novas gerações. Elas foram capazes de criar esperança onde não havia nenhuma e de trabalhar incansavelmente, mesmo depois, por direitos que não eram reconhecidos”.
Mulheres, indispensáveis para um mundo justo e fraterno
“A Santa Sé”, concluiu Cruz Serrano, “acredita que a organização das sociedades ainda está longe de refletir claramente o fato de que as mulheres têm exatamente a mesma dignidade e os mesmos direitos que os homens. As mulheres são as protagonistas indispensáveis na reconstrução de um mundo mais justo e fraterno. A reivindicação de seus direitos legítimos, com base na firme convicção de que homens e mulheres têm a mesma dignidade, coloca questões profundas à sociedade e à própria Igreja que a desafiam e não podem ser evitadas superficialmente”.