Jesus prepara seus discípulos para o que está prestes a acontecer nos próximos dias
Apartir do Domingo de Ramos, a Igreja dedica a liturgia essencialmente a seguir os passos de Jesus enquanto Ele prepara os seus discípulos para a sua Paixão, Morte e Ressurreição.
Embora a maior parte dos relatos apresentados pelos Evangelhos não tenha nenhuma referência específica de data ou hora, aquelas que aconteceram ao longo desta semana são relativamente fáceis de se apontar na linha do tempo.
Na terça-feira da Semana Santa, apenas dois dias antes da traição de Judas contra Jesus na Quinta-Feira Santa, a Bíblia nos expõe as atividades de Jesus dentro e ao redor de Jerusalém (ver Mateus 21-26).
A lição da figueira
Jesus caminha de Betânia para Jerusalém e observa uma figueira sem frutos:
Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela, mas só achou nela folhas; e disse-lhe: “Jamais nasça fruto de ti!”. E imediatamente a figueira secou. À vista disso, os discípulos ficaram estupefatos e disseram: “Como ficou seca num instante a figueira?”. Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade vos declaro que, se tiverdes fé e não hesitardes, não só fareis o que foi feito a esta figueira, mas ainda se disserdes a esta montanha: Levanta-te daí e atira-te ao mar, isto se fará… Tudo o que pedirdes com fé na oração, vós o alcançareis” (Mateus 21,19-22).
A autoridade de Jesus é questionada
Pouco depois de entrar em Jerusalém, Jesus sobe ao Templo, onde os fariseus e saduceus tentam empurrá-lo para uma armadilha ao lhe perguntarem sobre a sua autoridade:
Dirigiu-se Jesus ao templo. E, enquanto ensinava, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se e perguntaram-lhe: “Com que direito fazes isso? Quem te deu essa autoridade?”. Respondeu-lhes Jesus: “Eu vos proporei também uma questão. Se responderdes, eu vos direi com que direito o faço. Donde procedia o batismo de João: do céu ou dos homens?”. Ora, eles raciocinavam entre si: “Se respondermos: Do céu, ele nos dirá: Por que não crestes nele? E se dissermos: Dos homens, é de temer-se a multidão, porque todo o mundo considera João como profeta”. Responderam a Jesus: “Não sabemos”. “Pois eu tampouco vos digo” – retorquiu Jesus – “com que direito faço essas coisas” (Mateus 21,23-27).
Parábolas do Monte das Oliveiras
Jesus se envolve nos questionamentos dos fariseus e saduceus e, em seguida, sai de Jerusalém ao final da tarde para retornar a Betânia. No caminho de volta, ele para no Monte das Oliveiras e conta diversas parábolas sobre o fim dos tempos (ver Mateus 24-26). Ele conclui as suas parábolas preparando os discípulos para o que aconteceria a seguir.
Quando Jesus acabou todos esses discursos, disse a seus discípulos: “Sabeis que daqui a dois dias será a Páscoa, e o Filho do Homem será traído para ser crucificado” (Mateus 26,1-2).