O documentário polonês “Purgatório”, baseado nas revelações do padre Pio de Pietrelcina, de santa Faustina Kowalska e da mística Fulla Horak, foi lançado nos cinemas do Brasil em outubro do ano passado e está disponível no streaming católico Lumine desde 24 de fevereiro. Um padre fala sobre esta doutrina pouco compreendida da Igreja Católica.
O padre Guillermo Serra, Legionário de Cristo, disse que “o tema do purgatório sempre foi uma doutrina que despertou interesse, curiosidade e algumas surpresas. A doutrina da Igreja é clara e, por meio das realidades últimas, nos ensina como seremos depois da ressurreição”.
Falando com a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, o padre disse que “há três possibilidades depois de passar o juízo particular após a morte: nossa alma imortal pode ir diretamente para o céu, pode ir para o purgatório ou pode ir para o inferno”.
“O purgatório é uma ‘sala de espera’ para aqueles que têm o céu como destino, mas sua alma não foi suficientemente purificada da culpa que os pecados cometidos acarretam”, continuou ele.
O padre Serra disse também que, “conquistada a purificação perfeita, entrarão no céu para viver para sempre com Cristo, e serão para sempre como Deus, porque o verão ‘tal como é’ (1Jo 3,2), cara a cara (1Cor 13,12). Desfrutarão então da chamada ‘visão beatífica'”.
“Esta purificação final dos eleitos”, no entanto, “é muito diferente da punição dos condenados. É uma purificação cheia de esperança do céu”.
Segundo o padre Serra, “a doutrina do purgatório foi aprofundada sobretudo nos Concílios de Florença e Trento”.
“É neste sentido de purificação que rezamos pelos defuntos e celebramos missas para que, se lhes falta algo para purificar, através das nossas orações e sacrifícios possam entrar na alegria do Céu”, continua o padre.
“As indulgências, que podem ser aplicadas a si mesmo ou a um defunto, visam precisamente ajudar nesta tarefa de purificação”, concluiu o padre Guillermo.