A tradição da Igreja atribuiu uma devoção especial a cada mês do ano, e o mês de março é dedicado em particular a são José, casto esposo da Virgem Maria e padroeiro da Igreja Universal.
São José é conhecido como o “santo do silêncio” porque não se conhece uma palavra pronunciada por ele, mas sim as suas obras, sua fé e amor que influenciaram em Jesus e em seu santo matrimônio.
Uma das pessoas que mais difundiu a devoção a são José foi santa Teresa d’Ávila, que através da intercessão do santo foi curada de uma doença que a deixou quase paralisada e que era considerada incurável.
Santa Teresa costumava repetir que “outros santos parecem ter um poder especial para resolver certos problemas. Mas Deus concedeu a são José um grande poder para ajudar em tudo”.
Até o final de sua vida, a santa carmelita disse que “durante 40 anos, todos os anos, na festa de são José, pedi-lhe alguma graça ou favor especial, e não falhou comigo nem uma vez. Eu digo àqueles que me escutam que façam o ensaio de rezar com fé a este grande santo, e verão os grandes frutos que conseguirão”.
O papa Francisco também dedicou várias reflexões a são José. Através de um decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, decidiu fazer uma pequena modificação nas orações da missa para incentivar a devoção a este santo.
Com esta modificação, são José é mencionado nas Orações Eucarísticas II, III e IV da terceira edição típica do Missal Romano, colocando-se após o nome da Virgem Maria.
Em dezembro de 2017, na homilia da missa que presidiu na Casa Santa Marta, o papa disse sobre são José que “deste homem que assumiu a paternidade e o mistério afirma-se que era a sombra do Pai, a sombra de Deus Pai. E Jesus homem aprendeu da vida, do testemunho de José, a chamar ‘papá’, ‘pai’, ao seu Pai que conhecia como Deus: o homem que preserva, que faz crescer, o homem que leva em frente qualquer paternidade e qualquer mistério, mas nada conserva para si. Nada”.
O papa convocou um Ano de São José de 8 de dezembro de 2020 a 8 de dezembro de 2021, para comemorar os 150 anos do decreto Quemadmodum Deus, por meio do qual o beato Pio IX declarou são José como patrono da Igreja.
Para isso, Francisco escreveu a carta apostólica Patris corde para que “todos os fiéis, seguindo o seu exemplo (de são José), possam fortalecer diariamente a sua vida de fé em plena realização da vontade de Deus”.
“Todos podem encontrar em são José – o homem que passa despercebido, o homem da presença cotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade”, escreveu o papa em Patris corde.