5º Domingo do Tempo Comum
Celebramos neste domingo o quinto desse Tempo Comum, iniciando mais um mês de 2023 e pedindo a Deus que possamos ser testemunhas de Jesus Cristo nos dias de hoje. O Tempo Comum nos ajuda a acompanhar toda a vida pública de Jesus e como ele forma a primeira comunidade, ou seja, a comunidade de seus discípulos. Nós, hoje, somos essa comunidade dos seguidores de Jesus e chamados por Ele a anunciar o Reino de Deus.
Através do nosso batismo, somos chamados a ser sal na terra e luz no mundo. A partir do batismo, nos tornamos testemunhas de Jesus Cristo. A vida do cristão tem que ter sabor, ou seja, tem que ter sentido. E, ainda, o cristão é aquele que reflete a luz de Cristo para os outros. No dia do batismo, os nossos padrinhos acenderam a vela no Círio Pascal e nos deram. Da mesma forma que recebemos a luz de Cristo, temos que levar essa luz adiante.
Não podemos ser católicos apagados e insossos. Não podemos somente frequentar as missas e não participar de nada da vida da comunidade. Além de participar das missas somos chamados a vivenciar de alguma pastoral da paróquia e, assim, sermos testemunhas de Cristo para os outros. Se você ainda não participa de nenhuma pastoral de sua paróquia, procure o seu pároco e veja em qual pastoral você se encaixa. Através da pastoral, realizamos o discipulado e nos tornamos exemplo e testemunha para os outros.
O mundo precisa ser transformado e essa transformação começa a partir de cada um de nós. Temos que lançar a semente da palavra de Deus mundo a fora e fazer com que o Seu Reino se edifique. O Senhor nos chama. Estejamos atentos ao seu chamado e em nossas orações respondamos com o “sim” a Deus.
A primeira leitura desse domingo é do livro do profeta Isaías (Is 58, 7-10). Esse trecho do livro do profeta Isaías fala sobre a partilha e a caridade que devemos ter com o próximo. Ajudando aquele a quem precisa, receberemos em dobro aquilo que vem de Deus. Do mesmo modo que ajudamos, no futuro poderemos ser ajudados. Quem estende a mão e ajuda o pobre, estende a mão a Deus. Do mesmo modo que partilhamos a eucaristia, nosso “bem espiritual”, temos que partilhar com quem precisa os “bens materiais”.
O salmo responsorial é o 111 (112). Esse salmo diz em seu refrão: “Uma luz brilha nas trevas para o justo, permanece para sempre o bem que fez”. O bem que fazemos ao próximo permanece para sempre e a nossa recompensa será eterna. Se ajudarmos ao próximo de coração, seremos merecedores da vida eterna e viveremos para sempre ao lado de Deus.
A segunda leitura desse domingo é da primeira carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 2, 1-5). Estamos acompanhando a primeira carta de São Paulo aos Coríntios desde o começo do Tempo Comum. Hoje, iniciando capítulo segundo, Paulo diz que não precisou usar palavras difíceis para lhes comunicar o Reino de Deus. Jesus não escolheu pessoas letradas e de grande capacidade intelectual para serem os seus discípulos. Escolheu pessoas simples, pescadores que, unicamente, estivessem dispostas a anunciar o amor. Paulo, da mesma forma, não precisou usar linguagem requintada para lhes anunciar Jesus Cristo. Isso serve para cada um de nós. Não precisa estudar teologia para anunciar o Jesus. Basta ter amor no coração.
O evangelho desse domingo é de Mateus (Mt 5, 13 – 16). É a sequência do discurso sobre as bem aventuranças ou sermão da montanha. Nesse trecho, Jesus fala que os discípulos são sal na terra e que eles têm a missão de dar sabor ou um sentido a vida do próximo. Isso serve para cada um de nós hoje, que nos tornamos discípulos e missionários de Jesus por meio do batismo. Somos chamados a ser sal na terra e luz no mundo, ou seja, dar sabor e sentido a vida do outro e levar adiante a luz de Cristo.
As nossas ações refletem se somos de Cristo ou não. Por isso, as ações praticadas por nós devem ser daqueles que caminham sob a luz de Cristo. Temos que viver de acordo com o evangelho: irradiar a luz de Cristo para aqueles que caminham nas trevas e fazer com que eles busquem a luz. O mundo precisa ser irradiado pela luz de Cristo, para que a paz possa reinar e para que a guerra dê lugar ao amor.
Jesus mesmo diz: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não caminha em meio as trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). Caminhemos sob a luz de Jesus e deixemos as ações das trevas para trás. Saiamos do abismo das trevas, onde se encontra o pecado e busquemos a luz, onde está a alegria e a salvação.
Celebremos com alegria esse quinto domingo do tempo comum e busquemos a luz que é Cristo. Sejamos sal na terra e luz no mundo, na vida daqueles que precisam. O Senhor nos chama. Escutemos em nosso coração o chamado que Ele nos faz.