XXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

    “Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.” (cf. Lc 14,27)

    A Liturgia do Vigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum, somos inseridos no desafio de vivenciar o discipulado em nossas vidas, através de um caminho de renúncia do bel-prazer que o mundo possa nos oferecer e que vai ao desencontro com as obras do Reino de Deus.

    A Primeira Leitura retirada do Livro da Sabedoria (Sb 9,13-18), o autor sagrado nos adverte sobre a importância de reconhecer os desígnios de Deus pelo Espírito enviado do Alto como, também, a Sabedoria que é nos dada, real sinal de compreensão da Palavra que faz reconhecer as Obras de Deus em nossas vidas. “Só assim se tornaram retos os caminhos dos que estão na terra, e os homens aprenderam o que te agrada, e pela Sabedoria foram salvos” (cf. Sb 9,18).

    O Evangelho de Lucas (Lc 14,25-33), Jesus exorta-nos sobre a vivência do caminho do discipulado, tarefa árdua que requer renúncia e desapego sobre as coisas que possam desvirtuar os passos da missão, afinal, o discípulo é aquele que deixa família, a casa, os amigos para se entregar em razão para a edificação do Reino de Amor. Entretanto, tudo deve ser feito comunhão no propósito de vivenciar, sem medidas, a Palavra de Deus, pois “quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo” (cf. Lc 14,27).

     E a Segunda Leitura extraída da Carta de São Paulo a Filêmon (Fm 9b-10.12-17), Paulo pede a Filêmon para acolher seu filho na fé, Onésimo, acolhendo-o como se fosse o seu próprio coração. Embora, anteriormente, Onésimo era escravo de Filêmon, Paulo ressalta para acolher como um irmão querido, pois aqueles que são renascidos em Jesus Cristo estão numa única comunhão e todos são em um em Cristo. Assim, Paulo ressalta: Se ele te foi retirado por algum tempo, talvez seja para que o tenhas de volta para sempre, já não como escravo, mas, muito mais do que isso, como um irmão querido, muitíssimo querido para mim quanto mais ele o for para ti, tanto como pessoa humana quanto como irmão no Senhor. Assim, se estás em comunhão de fé comigo, recebe-o como se fosse a mim mesmo” (cf. Fm 15-17).

    Vivificados pela Liturgia deste Domingo, possamos buscar a renúncia diária dos prazeres terrenos e buscar as coisas do Alto, tomando a cruz de cada dia, fortificando nossos passos para o alcance das delícias do Reino. Assim, iremos bendizer em cada momento de nossas vidas até o encontro definitivo com Deus e ecoar tal júbilo: “Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós” (cf. Sl 89(90) 1).

    Saudações em Cristo!

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