O tipo de vida que nasce da fé não deve convencer Deus de nada
“Se compreendêsseis o sentido destas palavras: Quero a misericórdia e não o sacrifício… não condenaríeis os inocentes.”
Mt 12,7
Parte do cristianismo consiste em entender este versículo. Muitas vezes nossa atitude religiosa é inteiramente baseada na lógica do sacrifício. Pensamos que nosso comportamento e nossas ações podem convencer Deus das coisas e nos fazer ganhar favores dele.
O tipo de vida que nasce da fé não deve convencer Deus de nada. Deve, sim, fazer-nos viver misericordiosamente, deve tornar-nos capazes de amar ao extremo, de amar as pessoas na sua miséria, encontrá-las onde estão e cuidar delas como são.
O julgamento é exatamente o oposto dessa atitude, especialmente quando julgamos os outros por motivos religiosos.
Jesus não está interessado em abolir nenhum costume; Ele quer nos livrar das atitudes supersticiosas que abraçamos.
Nós também somos vítimas dessas mesmas atitudes. Podemos facilmente dar nossas vidas para defender uma determinada tradição, e então ignorar completamente a dor daqueles que estão ao nosso lado. O que dá mais glória a Deus: uma tradição ou uma misericórdia?