O Senhor é bondoso e compassivo

    Celebramos neste próximo domingo, o terceiro do tempo quaresmal. Já estamos chegando na metade desse grande retiro espiritual que fazemos para nos preparar bem para celebrarmos o mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus.

    A Quaresma é o tempo propício para a oração, jejum e a caridade, além da prática da penitência e da lectio divina mais abundante. Se não começamos a fazer ainda, podemos começar agora, sempre é tempo de converter o nosso coração para Deus. Se ainda não realizamos a nossa confissão auricular, podemos ainda fazer (existem os mutirões de confissões e as 24 horas para o Senhor está chegando), da mesma forma se ainda não praticamos o nosso jejum, podemos ainda o fazer. O jejum não necessariamente é abster-se de algum alimento, mas podemos abster-se de algo que nos afasta de Deus, como a internet, celular, televisão etc.

    Que a partir da Palavra que iremos ouvir neste domingo e da Eucaristia que iremos participar e comungar, possamos produzir bons frutos por onde passarmos. Através da Quaresma, somos chamados a cortar o mal pela raiz e produzir frutos de bondade, mansidão, paz e justiça. Os frutos da conversão vêm a nós por meio do Espírito Santo, que Ele direcione os nossos caminhos e nos faça celebrarmos verdadeiramente a Páscoa.

    A oração da coleta da missa desse domingo nos diz que a oração, jejum e a esmola são os remédios contra o pecado. Com certeza, Jesus enquanto esteve sofrendo as tentações no deserto praticou esses três pilares e venceu as tentações. Que o Espírito Santo nos ilumine e que, por meio dessas práticas quaresmais, possamos vencer as tentações que apareçam.

    A primeira leitura da missa dominical é do livro do Êxodo (Ex 3, 1-8a. 13- 15). O trecho apresenta o episódio da sarça ardente. Moisés fica encantado com o que via e o porquê do fogo não se consumir. O Senhor diz para Moisés tirar as sandálias dos pés, pois o lugar que pisava era Santo. Deus viu o sofrimento que o povo passava no deserto e os liberta da escravidão e conduz esse povo à terra prometida. Moisés se torna o portador de Deus e anuncia ao povo que Deus os libertaria da escravidão. Moisés iria dizer ao povo que aquele que existe desde sempre libertaria esse povo da escravidão, somente a Ele, eles devem prestar culto e a nenhum outro.

    O salmo responsorial é o 102 (103). O refrão do salmo diz que o Senhor é bondoso e compassivo. Ele perdoa toda a nossa culpa e acolhe com carinho o pecador que se arrepende de seus pecados. Podemos cair muitas vezes, mas se de coração sincero nos arrependermos do pecado, o Senhor nos acolhe e perdoa a nossa falta. Esse é o tempo propício para voltarmos ao Senhor de todo o coração.

    A segunda leitura é da carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 10, 1-6. 10-12). Paulo diz para a comunidade o que aconteceu ao povo de Deus, como Deus os libertou do Egito e como Moisés os guiou a pé enxuto pelo mar vermelho. Só que o povo de Deus murmurou muito contra Deus, mesmo quando Deus os libertou do Egito, era um povo de cabeça dura. Paulo alerta a comunidade de Corinto e a nós hoje, para não fazermos o mesmo que esse povo fez, mas sermos sempre agradecidos a Deus.

    O Evangelho deste domingo é de Lucas (Lc 13, 1-9). Nesse trecho do Evangelho, algumas pessoas trazem notícias a Jesus sobre alguns galileus que Pilatos mandou matar e que misturou o sangue deles junto com o sacrifício que ofereciam, além da questão da torre de Siloé que caiu matou 18. E Jesus diz que eles não eram menos pecadores do que todos os outros. E que se eles não se converterem morrerão da mesma forma.

    Todos somos pecadores e, por isso, não podemos julgar ninguém, antes temos que olhar para nós mesmos, nos arrepender de nossos pecados e nos converter, para merecermos a vida eterna. O Tempo da Quaresma como já dissemos é propício para a conversão, por isso, olhemos para nós mesmos, não julguemos os outros e nos arrependamos de nossos pecados, para sermos merecedores da vida eterna.

    A perícope deste domingo se conclui com a parábola da figueira. Já estava plantada há três anos e não vinha produzindo frutos. O dono da figueira disse ao empregado para cortá-la. Mas o empregado disse ao dono da figueira para esperar um pouco mais, iria cavar em volta e adubar e se não produzisse fruto, aí sim poderia cortar.

    O dono da figueira podemos dizer que é Deus e nós somos essas figueiras, somos chamados a produzir frutos durante a nossa vida. Frutos de esperança, paz, justiça e caridade (lembremos da CF 22). Temos que produzir frutos que nos aproximam de Deus e que nos conduzirão para a salvação eterna. Não podemos deixar que o dono da figueira corte a figueira, não podemos ser inúteis apenas ocupando a terra, mas temos que sempre produzir frutos, para que o Senhor não venha nos cortar.

    Celebremos com alegria o terceiro domingo da Quaresma e que o Espírito Santo nos oriente para esse caminho de conversão, para produzirmos frutos de fé, esperança e caridade.

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Please enter your comment!
    Please enter your name here