Ele será beatificado neste mês junto com outros 15 mártires da Guerra Civil Espanhola
Serão beatificados em 26 de fevereiro, na catedral de Granada, mais 16 mártires da perseguição religiosa perpetrada pela facção comunista durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). São 14 sacerdotes, um seminarista e um leigo.
Entre os sacerdotes está o padre Cayetano Giménez Martínez, que, segundo a arquidiocese de Granada, era “devoto, austero e caridoso”, além de “bom, sábio, humilde e prudente ministro do Senhor”. A descrição acrescenta que o pe. Cayetano era “um idoso de aspecto pacífico e venerável” e “um homem de paz”, cujos paroquianos viam nele um servo de Deus “apaixonado pela Eucaristia”, dado que passava “grandes momentos de adoração diante do sacrário”.
Em 23 de julho de 1936, quando eclodiu a guerra civil, ele teve a oportunidade de fugir num caminhão, mas optou por ficar na paróquia. A igreja foi rapidamente incendiada e o padre teve de esconder-se na casa de um amigo médico, onde acabou descoberto.
Preso durante três dias, foi levado com mais seis pessoas até o cemitério da localidade de Loja, em Granada, onde o grupo seria fuzilado. E ali, diante da morte, ele pediu aos seus carrascos que o matassem por último, para dar a absolvição a cada um dos companheiros no momento fatal.
Assim como os cristeros mexicanos igualmente perseguidos e assassinados em decorrência de ódio contra a fé, também o padre Cayetano Giménez Martínez foi martirizado gritando “Viva Cristo Rei!”.
Os registros da sua causa de beatificação anotam que a sua bravura não passou em branco pelos assassinos, que reconheceram “a coragem que o velho teve”.
Os restos mortais do padre Cayetano assim repousam, sem identificação, no cemitério de Loja. Ele foi martirizado aos 69 anos de idade.
O lema da beatificação deste grupo de 16 mártires do ódio comunista contra a fé católica é “Vossa Graça vale mais do que a vida”.