O Papa aos atletas: o esporte inclusivo é a verdadeira medalha de ouro

Pista de patinação no gelo, em Pequim, onde se realizarão as Olimpíadas de Inverno 2022

Faltando poucos dias para o início dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno de Pequim, Francisco destaca a importância das várias disciplinas competitivas para tornar o mundo unido e aberto: dos atletas com deficiência um exemplo para superar preconceitos e medos e das histórias de atletas refugiados o incentivo a não deixar ninguém para trás.

Michele Raviart/Mariangela Jaguraba – Vatican News

O verdadeiro sucesso do esporte é quando cria uma sociedade mais aberta e inclusiva, tornando os atletas, sobretudo os atletas paraolímpicos e refugiados, verdadeiros construtores da paz. Este foi o desejo expresso pelo Papa Francisco no final da Audiência Geral, desta quarta-feira (02/02), ao saudar os participantes dos próximos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno, que se realizarão em Pequim a partir de 4 de fevereiro e 4 de março, respectivamente.

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Construir pontes de amizade e solidariedade

“Desejo aos organizadores o melhor sucesso e aos atletas que deem o melhor de si”, disse o Pontífice, destacando que “o esporte, com sua linguagem universal, pode construir pontes de amizade e solidariedade entre pessoas e povos de todas as culturas e religiões”. “Juntos” é a palavra-chave para interpretar este evento e neste sentido Francisco aprecia a decisão do Comitê Olímpico Internacional de acrescentar ao lema tradicional “Citius, Altius, Fortius” (mais veloz, mais alto, mais forte) a palavra “Communiter”, “juntos”. Este é o objetivo: fazer “crescer um mundo mais fraterno. Juntos”, reiterou o Papa.

A medalha de ouro da hospitalidade

O olhar de Francisco se volta para todo o mundo paraolímpico. “O exemplo dos atletas com deficiência ajudará a todos a superar preconceitos e medos e a tornar nossas comunidades mais acolhedoras e inclusivas: esta é a verdadeira medalha de ouro.” Atenção e emoção também são reservadas às histórias pessoais dos atletas refugiados. “Que seus testemunhos ajudem a encorajar as sociedades civis a se abrirem com mais confiança a todos, não deixando ninguém para trás”, recordou o Papa, desejando que todos vivam “uma experiência única de fraternidade humana e de paz”.

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