“(…) a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos” (cf. Tg 3,17)
A Liturgia do XXV Domingo do Tempo Comum, somos convidados a refletir sobre a escolha entre a “sabedoria terrena” e a “sabedoria de Deus”, a qual acarreta a verdadeira Vida do Justo, onde através da prática da Sabedoria Divina, o discípulo compreende que a autoridade é serviço – anunciando o reino, socorrendo os pobres, sendo manso e humilde de coração – ao contrário o que prega a sabedoria terrena, visto a autoridade como poder, honras e até mesmo submissão.
Na Primeira Leitura extraída do Livro da Sabedoria (Sb 2,12.17-20), o autor sagrado alerta-nos sobre as consequências da busca da sabedoria Divina, a qual provocará a maior contestação no ímpio, afinal o justo é uma presença que incomoda, pois se opõe ao modo de agir daqueles que usam o mal para arrastar os outros para o mal. Por isto, os ímpios usando desta retórica da perseguição daqueles que buscam os caminhos retos, do amor e da mansidão.
O Evangelho de Marcos (Mc 9,30-37), Jesus relata novamente o Servo Sofredor, em que se depare sobre a dicotomia da autoridade visto que, para o Messias não veio ao mundo para as honrarias e poder, mas para antes de tudo servir, visto que para ser o Mestre deve-se primeiro ser o exemplo para o serviço. Assim, “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” (cf. Mc 9,35b). Assim, Jesus reafirma que a Sabedoria Divina vai em desencontro com a sabedoria dos homens, afinal “a autoridade se manifesta como aquilo que está nos desígnios de Deus: o serviço. Serviço para o bem comum, para a verdade, para o cuidado dos mais frágeis, para a comunhão de Deus com a comunidade” ((cf. Missal dominical – Missal da Assembleia Cristã; adaptado).
A Segunda Leitura dada a Carta de São Tiago (Tg 3,16-4,3), o apóstolo reafirma e exorta sobre a permanência e vivência na Sabedoria Divina, visto que “(…) a Sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos” (cf. Tg 3,17), e tudo aquilo que vai em desencontro a ela como a falta de equilíbrio, prevalecendo o orgulho, as paixões sem fundamentos, a inveja, a cobiça pelo poder, torna-se como consequência as guerras, os conflitos, a fome, a falta de compaixão e a morte. Por isto, o fiel deve buscar vivenciar a cada dia a busca pela harmonia e o equilíbrio através do amor e da Verdadeira Sabedoria.
Inspirados pela Palavra desta Liturgia, que não nos cansemos de buscar a vivência e a contemplação da Sabedoria de Deus em nossas vidas e em nossa sociedade, pois através da observância da Lei do Amor de Deus e ao próximo, alcancemos a justiça e o amor sem fim!
Saudações em Cristo!