SOLENIDADE DE SÃO JOSÉ, ESPOSO DE NOSSA SENHORA

    “José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado” (cf. Mt 1,24a) 

             O dia 19 de março de 2021, por desejo expresso do Papa Francisco na Carta Apostólica “Patris corde” sobre os 150 anos em que o Bem-aventurado Papa Pio IX proclamou São José como Patrono universal da Igreja será revestido de grande alegria. Por isso celebramos a Solenidade de São José, Esposo de Nossa Senhora, venerado, igualmente, como o Padroeiro da Igreja universal. A história deste Homem do Silêncio e Sustentáculo da família é muito importante na história da salvação, afinal, como ele pertencente à tribo de Judá, ligou Jesus à descendência Davídica; tornando-se Jesus, verdadeiramente “filho de Davi” pelo Pai Adotivo que Deus confiou o Seu Unigênito.

             Este ano, temos mais uma razão celebrativa para esta Solenidade. O Papa Francisco declarou em sua carta apostólica “Patris Corde – Com coração de Pai”, o Ano de São José por ocasião da comemoração dos 150 anos da declaração, pelo decreto Quemadmodum Deus, assinado em 8 de dezembro de 1870 pelo Beato Pio IX, onde foi dado o título de Padroeiro da Igreja Católica.

             A Carta Apostólica Patris Corde tem como objetivo “aumentar o amor por este grande Santo, para nos sentirmos impelidos a implorar a sua intercessão e para imitarmos as suas virtudes e o seu desvelo” (cf. Patris Corde, Papa Francisco). Pois através da obediência de São José, demonstra-nos que o modelo de fidelidade, simplicidade e humildade vivido pelo Pai Adotivo do Filho de Deus aos desígnios que a Providência destinou a cumprir, dedicando-se, sem medidas, para que o Menino Deus cumprisse a sua missão aqui na Terra.

             Papa Francisco nos aponta que “todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade. São José lembra-nos que todos aqueles que estão, aparentemente, escondidos ou em segundo plano, têm um protagonismo sem paralelo na história da salvação” (cf. Patris Corde, Francisco PP).

             Embora a leitura bíblica da Carta de São Paulo a Romanos (Rm 4,17-18.22) é apontada para a pessoa de Abraão, podemos estender seus dizeres a São José: “‘Eu fiz de ti pai de muitos povos’. Ele é pai diante de Deus, porque creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia. Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: ‘Assim será a tua posteridade’. Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça” (cf. Rm 4,17-18.22). Assim, o Pai amado, o Pai na ternura, Pai da obediência, Pai no acolhimento, Pai com coragem criativa, Pai trabalhador, Pai na sombra, é nos dado como Pai Adotivo de toda a humanidade, assim como foi dado a Jesus Cristo.

             Que São José interceda por cada um de nós e pela Igreja de Cristo, “assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo Místico, a Igreja” (Redemptoris Custos, João Paulo II PP). E dirijamos-lhe a nossa oração:

    “Salve, guardião do Redentor

    e esposo da Virgem Maria!

    A vós, Deus confiou o seu Filho;

    em vós, Maria depositou a sua confiança;

    convosco, Cristo tornou-Se homem.

     

    Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós

    e guiai-nos no caminho da vida.

    Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem,

    e defendei-nos de todo o mal. Amém.”

            

    Viva São José, que ele nos ajude em nossas necessidades mais prementes, particularmente, na luta contra a COVID-19. Saudações em Cristo!

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