Nossa civilização cristã, no seu perfil ou configuração, composta pelos seguidores de Jesus de Nazaré, tendo como amparo e sustento a égide da esperança. Num decisivo e heroico compromisso, é o ideal mais sublime, otimista e profético, pela mais elevada e digna causa da existência humana, no sonho de ver “novas todas as coisas” (Ap 21, 5). Daí nossa atenção aos sinais do Espírito de Deus, evidenciado no conjunto dos primeiros séculos de nossa “era cristã”, num esforço, de tal modo solidário, a ponto de se ficar clara a luta pela extinção da fome, no sentido mais amplo: material, cultural, na dignidade, na educação. Passado o quarto século, constata-se a fé consolidada, a partir do Concílio de Niceia, no ano de 325. É o povo de Deus a encontrar seu caminho por muitos séculos, tendo por fundamento a fé em Jesus Cristo, que nela se agarra; e do Filho de Deus não se afasta.
O registro da História atesta que a humanidade é generosa, através de pessoas superdotadas, homens e mulheres, com todos os dotes e talentos de sua inteligência, e está enfocada nas coisas divinas sobrenaturais, exteriorizando, por este imenso e desmedido mundo, a arte, a pintura, a arquitetura, a escultura e a literatura, com a consciência de sua força e poder influenciador, no caminho do bem; no caminho de Deus. Percebe-se, no entanto, a fé como sendo sólida e consistente em Cristo Jesus, e não há por que se duvidar da “idade da crença”, mas que aos poucos, fruto dos dons da sabedoria humana, cede lugar aos dogmas, no que diz respeito ao mesmo Senhor Jesus Cristo de Nazaré.
Já na Idade Contemporânea, ou hodierna, na qual estamos inseridos, nos diversos sinais, gestos e atitudes da humanidade, urge uma compreensão da amplitude do mundo. O Espírito de Deus, além de inspirar, constantemente, quer nos desafiar e provocar, na causa existencial, a mais digna possível, numa vida sensata, baseada em fundamentos sólidos. Os traços da verdadeira esperança, no cuidado de não separar fé e razão, é algo vital e revelador, na diversidade dos dons do Espírito Santo de Deus. Antevemos com humildade o futuro, o destino da vida e do mundo, mas sob o amparo da esperança como aliado, numa metáfora de contemplar o céu estrelado e luminoso. Assim seja!