O sacerdote que atendeu Acutis no hospital disse que ele parecia ficar esperando pelos sacramentos e sentia necessidade deles
Carlo Acutis foi beatificado recentemente na Itália. Ele morreu aos 15 anos, vítima de câncer. Não passou muito tempo no hospital. Todavia, deixou uma impressão duradoura nos médicos e padres que o atenderam.
“Carlo foi como um meteoro, com uma passagem rápida por nossa ala. A leucemia o levou antes que pudéssemos conhecê-lo um pouco mais. No entanto, seus olhos doces permanecem gravados [em nossas memórias]. Seu olhar estava cheio de atenção … de coragem, de amor, de forte empatia”, escreveram dois de seus médicos em artigo lido durante um evento após a beatificação.
Amor à Eucaristia e ao próximo
Carlo Acutis era um adolescente católico que assistia à missa diariamente. Ele amava a Eucaristia e usava sua paixão pelos computadores, por exemplo, para evangelizar. Morreu em 12 de outubro de 2006.
Os dois médicos – Andrea Biondi e Mòmcilo Jankovic – trataram de Acutis no Hospital St. Gerald, nos arredores de Milão. De fato, o jovem morreu uma semana depois de ser diagnosticado com a doença. Ele, no entanto, ofereceu seu sofrimento pelo papa e pela Igreja.
“Sua fé em Deus, que ele desejou e ainda deseja transmitir aos outros, ao seu próximo, brilhou através dele”, escreveram os médicos. Além disso, os doutores afirmaram: “Os seus olhos gentis… ensinaram-nos muito: a vida, seja curta ou longa, deve ser vivida intensamente para si, mas também -e sobretudo -para os outros.”
Carlo Acutis e sua devoção aos sacramentos
Além disso, o capelão que ungiu o Beato Carlo e lhe trouxe a comunhão em seus últimos dias, pe. Sandro Villa, lembrou sua “compostura e devoção” ao receber os sacramentos: “Em uma pequena sala, no final do corredor, me vi na frente de um menino. Seu rosto pálido, mas sereno, me surpreendeu – impensável em uma pessoa gravemente doente, especialmente um adolescente.”
A unção ocorreu, portanto, em 10 de outubro de 2006, um dia antes de o menino entrar em coma devido a uma hemorragia cerebral: “Também fiquei maravilhado com a compostura e a devoção com que, embora com dificuldade, recebeu os dois sacramentos”, disse o sacerdote. “Ele parecia estar esperando por eles e sentia a necessidade deles”, acrescentou.