Uma cerimônia na sala do Conselho Econômico e Social da ONU, Ecosoc, marcou nesta segunda-feira (10/08) o Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo, celebrado no último domingo (09/08).
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, participou do evento e disse que a Agenda para o Desenvolvimento Sustentável é “um plano concreto para se acabar com a pobreza” em todos os lugares.
Preservação
O conjunto de objetivos deve ser alcançado pelos países até 2030, para que ocorram avanços na inclusão social e na preservação da Mãe Natureza, segundo Ban Ki-moon.
Ban pediu que ninguém seja deixado de lado nos próximos 15 anos, “especialmente os povos indígenas”, que estão entre os grupos mais “vulneráveis e marginalizados” da população.
Saúde
Ao mesmo tempo, o secretário-geral lembrou que “história, tradições, línguas e conhecimentos dos indígenas fazem parte do patrimônio humano”. Neste ano, o Dia Internacional dos Povos Indígenas teve como tema a promoção da saúde e do bem-estar.
Ban Ki-moon afirmou que os povos nativos “têm o direito de desfrutar dos mais altos padrões de saúde física e mental, o que significa acesso a todos os serviços sociais e de saúde”.
Desafios
Mas os indígenas enfrentam vários desafios, alguns possíveis de prevenir, na avaliação do secretário-geral, como a falta de saneamento e de habitação adequados, falta de cuidados pré-natal e casos de violência contra a mulher.
Ban afirmou que em muitos grupos indígenas, os índices de diabetes e de abuso de álcool ou de drogas são altas. Os povos nativos estão também entre as pessoas mais pobres de seus países.
O chefe da ONU citou o caso dos aborígenes, na Austrália, que têm um índice de diabetes seis vezes maior do que a população geral. No Canadá, o índice de suicídio entre os povos inuit está entre os maiores do mundo, chegando a ser 11 vezes maior do que a média nacional.
Ban Ki-moon afirmou que as “estatísticas são inaceitáveis” e por isso, devem ser incluídas como parte da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Fonte: Rádio Vaticano