A consciência não é uma emoção – nem perto disso

5 princípios que você deve conhecer e usar para formar bem a sua consciência

Breve diálogo de um filho com o pai sobre a consciência:

FILHO: –Pai, qual é a melhor maneira de evitar decisões ruins?

PAI: –Experiência.

FILHO: –Qual é a melhor maneira de obter experiência?

PAI: –Tomando decisões ruins.

O significado de bondade moral tem sido contestado desde que os humanos começaram a contestar. Qualquer outra coisa que a bondade moral possa significar, ela certamente deve incluir os seguintes pré-requisitos:

  1. Estar ciente do que devemos saber;
  2. Ter ciência do que não podemos saber;
  3. Estar ciente de quais são nossas opções intelectuais e morais;
  4. Escolher sabiamente entre nossas opções;
  5. Agir de maneira consistente com o que sabemos ser verdadeiro e bom.

Certamente, seria indesejável conhecer apenas por acaso os pré-requisitos da bondade moral. “Tomar decisões ruins para obter experiência para tomar boas decisões” é um processo assustadoramente perigoso. Da mesma forma, deve ser indesejável chegar aos pré-requisitos do florescimento humano por um simples ato de uma vontade não guiada e inexplicável.

Movimento da vontade

O movimento impulsivo da vontade em direção a ações morais boas ou más, alimentadas por fortes emoções e guiadas por pouco ou nada, é o que hoje em dia muitas pessoas (ai!) chamam de consciência.

Mas a consciência, como é entendida há milênios e confirmada pela Igreja repetidamente, não é um impulso emocional expresso por: “Eu apenas sinto que…”

O trabalho da consciência é primeiramente o trabalho da razão. A raiz latina da palavra consciência (con scientia “com conhecimento”) confirma isso. A razão faz um julgamento de fato, isto é: “isso é verdade; isso é falso.” E essa conclusão leva a um julgamento de valor, ou seja: “esta ação é boa e digna de louvor; esta ação é má e censurável.” Tudo isso ocorre antes das emoções – ou pelo menos deveria ser assim.

Pecadores

O problema é que às vezes, nós criaturas finitas caídas, nós pecadores (e eu certamente me considero um deles!) desejamos o que sabemos ser ruim para nós e o nosso próximo. Às vezes desejamos o que ofende a Deus. Quando nossos desejos oprimem nossa razão, o conhecimento dos fatos pode ser suprimido, distorcido ou mesmo eliminado.

De fato, como o diabo é inteligente! Ele explora nossos desejos pelo que é ímpio, e então nos diz que podemos “abençoar” nossas escolhas iníquas, repetindo a palavra “consciência”. O diabo sabe que isso é um truque – deveríamos saber disso também.

Razão

O conhecimento do que é verdadeiro e bom não é suficiente. Devemos treinar nossos corações para desejar o que a razão indica que é verdadeiro e bom.

Dessa forma, uma consciência bem formada (isto é, um compromisso racional com o verdadeiro e o bom em todos os detalhes) coloca-se a serviço de um bom caráter moral.

O caráter é uma disposição mais ou menos estável da alma para a qualidade moral. Na verdade, estamos inclinados para o bem ou para o mal. Uma pessoa que foi treinada para fazer a coisa certa, da maneira certa, pelo motivo certo, até que tal ação se torne uma questão de hábito, tem um bom caráter moral. Sua razão, seu coração e sua vontade são todos voltados para o bem moral e não estão inclinados ao mal moral.

Princípios gerais

Agora, podemos identificar alguns princípios gerais indispensáveis ​​a qualquer consideração de consciência:

  1. A consciência é principalmente um exercício da razão, não do sentimento;
  2. Ela não pode fazer bem o seu trabalho se estiver separada da verdade;
  3. A consciência não pode fazer bem o seu trabalho sem um julgamento verdadeiro do que é bom ou mau;
  4. Ela é formada apropriadamente quando está de acordo com os fatos e o verdadeiro valor moral;
  5. A consciência devidamente formada deve estar associada a um bom caráter moral para realizar o seu trabalho.

Em outras palavras, o papel da consciência é envolver toda a alma, guiada pela razão, não pelas emoções, para orientar a pessoa integralmente a conhecer, desejar e escolher o bem de forma adequada, para que possamos nos tornar os santos que Deus nos criou para ser.

De fato, essa é a obra de toda uma vida humana e a obra de uma vida inteira. Não existem atalhos, nem maneiras fáceis de adquirir os hábitos de mente, coração, ação e caráter necessários para ser moralmente bom. A sabedoria da Igreja pode nos ensinar como fazer isso.

E lembre-se disto: todo o processo acima para de funcionar diante das palavras: “Eu apenas sinto que…”

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