Em um dos países mais afetados pelo coronavírus na América Latina, um empresário ficou conhecido por não medir esforços para abastecer hospitais com um item essencial para a sobrevivência dos pacientes de Covid-19
Luis Barsallo já ficou marcado na mente dos peruanos como sinônimo de honradez. O empresário se tornou conhecido nos últimos dias por causa de sua atitude diante da alta demanda de oxigênio para pacientes de Covid-19.
Ele teve a nobre decisão de não aumentar o preço dos balões de oxigênio e vendê-los a um preço justo, enquanto muitos outros empresários do setor fizeram o contrário.
Barsallo até estendeu seu expediente durante a pandemia. Trabalha dia e noite para conseguir entregar o produto nos hospitais e, assim, ajudar os profissionais de saúde a salvar vidas.
Como a aquisição dos balões se tornou algo fundamental e concorrido no Peru durante a pandemia, não foi em vão que Luis tenha recebido o apelido de “anjo do oxigênio”.
Diante do reconhecimento, o empresário reagiu com humildade:
“Creio que o melhor reconhecimento é o carinho das pessoas, o fato de alguém ajudar as pessoas a respirar melhor ou salvar sua vida nesse momento é o maior reconhecimento. Eu fui marinheiro e também lutei na guerra. Devolvemos a paz à nossa pátria. Deus quis que, nesse momento, eu também batalhasse contra essa pandemia”, afirmou à Radio Capital.
Um anjo que precisa de conforto
Nas últimas horas, o “anjo do oxigênio” recebeu uma triste notícia: sua irmã, Elsa, morreu depois de lutar vários dias contra a Covid-10.
A morte da mulher – que evidenciou a dificuldade de acesso a medicamentos para o tratamento contra o coronavírus no Peru – consternou o país, principalmente quando todos ficaram sabendo que se tratava da irmã de Luis, um homem que não mede esforços para salvar vidas.
Por isso, em meio à empatia generalizada, é hora de nós também rezarmos pelas vítimas da pandemia e por seus familiares enlutados.
A pandemia no Peru
O Peru é um dos países mais afetados pelo coronavírus na América Latina, com mais de 260 mil casos confirmados até o dia 25 de junho. Já são quase 9 mil mortos pela doença.