Perpassado quase todo o Tempo Quaresmal, finalmente chegamos na Semana Maior de nossa fé cristã em que viveremos a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Neste ano, em virtude da pandemia do corona vírus, teremos uma vivência da Semana Santa em família, como Igreja Doméstica, acompanhando pelas mídias sociais e pelos canais de inspiração católica as celebrações litúrgicas que por disposição da Santa Sé Apostólica e da CNBB serão mais sóbrias. É chegado a hora da subida “a Jerusalém para dar pleno cumprimento às Escrituras e (Jesus) ser pregado no lenho da cruz, o trono donde reinará para sempre, atraindo a Si a humanidade de todos os tempos e oferecendo a todos o dom da redenção.” Bento XVI (Acesso em 02 de abril de 2020 http://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/homilies/2012/documents/hf_ben-xvi_hom_20120401_palm-sunday.html).
Ora, a entrada Triunfal de Cristo a Jerusalém não quer transmitir a figura de um rei com riquezas, com um exército armado, com várias terras. Jamais! Mas sim, a preparação d’Aquele que viveu como Servo em aceitar a missão: trazer a Salvação a cada um nós. Sem distinção e/ou percepção de pessoas, reafirmando o amor ao próximo como vivemos na CF 2020 “não se deve questionar quem é o destinatário do amor. Importa identificar quem deve amar e não tanto quem deve ser amado, pois todos devem ser amados, sem distinção. Não importa quem é o próximo. Importa quem, por compaixão, se torna próximo do outro” (Lc 10,36) (cf. CF 2020, §8).
E tudo isto, de viver os passos dolorosos, a humilhação, Cristo não deixa se abalar pelo misterioso abandono do Pai, mas “no abandono, porém, reza e entrega-Se: ‘Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito’ (Lc 23, 46)” Francisco (https://www.acidigital.com/noticias/texto-completo-homilia-do-papa-francisco-na-santa-missa-do-domingo-de-ramos-30728, acesso em 02 de abril de 2020). E Ele não se deixa abalar pelas zombarias, pelas tentações, difamação e sofrimento. Mas sim, “precisamente aqui, Jesus, no ápice da aniquilação, revela o verdadeiro rosto de Deus, que é misericórdia” Francisco.
O que nos cabe é: “Em vez de mantos ou ramos sem vida, em vez de arbustos que alegram o olhar por pouco tempo, mas depressa perdem o seu vigor, prostremo-nos nós mesmos aos pés de Cristo, revestidos da sua graça, ou melhor, revestidos d’Ele mesmo (…); sejamos como mantos estendidos a seus pés (…), para oferecermos ao vencedor da morte não já ramos de palmeira, mas os troféus da sua vitória. Agitando os ramos espirituais da alma, aclamemo-Lo todos os dias, juntamente com as crianças, dizendo estas santas palavras: “Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel” Santo André, Bispo de Creta (PG 97, 994)
Nesse Domingo acompanhemos pelas mídias sociais, particularmente pela página da www.prosaude.org.br, a bênção de ramos que disponibilizaremos no link da nossa instituição.
Com os ramos colocados nas portas de nossas casas abramos nossos corações para Cristo cantando “Hosana ao Filho de Davi, bendito o que vem em nome do Senhor!” Portanto, não só saudar Jesus, mas caminhar com Ele rumo ao Calvário e Ressuscitar com Ele para uma vida de renovados em Cristo, como filhos e filhas que anunciam e testemunhem a vida e que cuidemos sempre de nossos irmãos e irmãs!
Saudações em Cristo!
