Indicadores sobre a situação da Mulher em Cabo Verde são animadores mas estão longe de serem satisfatórios. A constatação é do Presidente da República (PR), Jorge Carlos Fonseca.
Na sua mensagem alusiva ao Dia da Mulher Cabo-verdiana, que se assinala neste dia 27 de Março, o Chefe de Estado salientou que durante os quase 40 anos de independência do país assistiu-se a avanços “notáveis” na promoção dos direitos humanos e da dignidade das mulheres e das meninas rumo a sua participação plena e igualitária na sociedade cabo-verdiana.
“Juntos temos percorrido um longo caminho e orgulhamo-nos dos progressos alcançados pela sociedade cabo-verdiana no que respeita à participação e sucesso escolar das meninas e mulheres em todos os níveis de ensino, à qualidade da saúde e ao desempenho em áreas profissionais tradicionalmente consideradas como território masculino”, realçou.
Jorge Carlos Fonseca salientou que os progressos alcançados são fruto de um sucessivo, empenhado e progressivo compromisso governamental partilhado e apoiado por várias organizações não-governamentais entre as quais destaca a OMCV, MORABI, Laço Branco, Mulheres Juristas, Mulheres Empresárias, e pela ONU Mulheres em Cabo Verde.
Contudo adianta que ainda permanecem diversos desafios a serem vencidos designadamente na erradicação da violência baseada no género em que as mulheres são principais vítimas, de uma melhor integração das mulheres no mercado de trabalho, do incremento da sua participação política e do reconhecimento das desigualdades de género na divisão do trabalho e no uso do tempo e da pobreza que afecta maioritariamente as mulheres.
O PR acrescenta que ainda há muito trabalho pela frente para acabar com os preconceitos que continuam a condicionar o desenvolvimento justo e igual de todas as pessoas, Homens e Mulheres, Meninas e Meninos.
Por isso aproveita esta data para apelar que sejam tomadas medidas “adequadas e sólidas” para melhorar o nível de crescimento inclusivo, a produtividade e competitividade das nossas economias, direccionadas para as Pequenas e medias empresas, as microempresas na economia informal e no sector rural, onde se destaca a presença maioritária das mulheres.
“Todas as pessoas, todas as organizações empresariais, representantes do patronato e organizações sindicais, associações profissionais, no território e na diáspora, devem engajar-se nesta luta que certamente elevará a nação cabo-verdiana aos níveis de desenvolvimento almejados”.
Jorge Carlos Fonseca finalizou a sua mensagem desejando um feliz dia e um profícuo ano às mulheres cabo-verdianas e reafirmou o seu compromisso de na qualidade de representante máximo do Estado de Cabo Verde, tudo fazer que as mulheres cabo-verdianas sejam cada vez mais reconhecidas, respeitadas e valorizadas.
Fonte: Rádio Vaticano
