Jane Nogara – Cidade do Vaticano
O segundo encontro do Papa Francisco na manhã desta segunda-feira (16) foi com a Associação Nacional dos Trabalhadores Idosos. O Papa centralizou seu discurso sobre dois pontos importantes sobre a velhice definindo-os como tempo da doação e tempo do diálogo.
Tempo da doação
Sobre o tempo da doação, Francisco recordou que as pessoas idosas não são um peso, mas um recurso e uma riqueza, e isso pode ser demonstrado pela sua “contribuição às atividades de voluntariado, ocasiões preciosas para viver a dimensão da gratuidade”. Estimulando os idosos ao voluntariado o Papa disse:
Francisco afirma que o desafio para a sociedade nos próximos anos será “promover com eficácia cada vez maior os recursos humanos dos idosos presentes nas suas comunidades”. Pois os idosos devem ser considerados como ativos protagonistas e não mais apenas como objeto de intervenções assistenciais.
Tempo do diálogo
O segundo aspecto: a velhice como tempo do diálogo, o Papa pondera:
“Os jovens – continua o Papa – são a força do caminho de um povo e os idosos rejuvenescem esta força com a memória e a sabedoria”.
O Papa recorda também que a “a velhice é um tempo de graça, na qual o Senhor nos renova o seu chamado nos chama a preservar e transmitir a fé, nos chama para rezar, especialmente interceder; nos chama a estar ao lado dos que necessitam”.
Contrastar a “cultura do descarte”
Reunindo ambas considerações o Papa Francisco conclui:
Agindo deste modo evita-se de focar a atenção geral sobre custos e riscos da presença de idosos, valorizando seus recursos e potencialidades.
Por fim o Papa considera que unindo a riqueza dos jovens e dos idosos contrasta-se a venenosa “cultura do descarte”, sendo chamados assim a “construir com tenacidade uma sociedade diversa, mais acolhedora, mais humana, mais inclusiva, que não precisa descartar os frágeis de corpo e de mente, ao contrário, uma sociedade que mede seu próprio passo justamente com estas pessoas”.