Na mensagem o Papa assegura sua proximidade espiritual ao povo chileno e a todas as famílias. Muitos países participam das operações de busca do avião, um C-130 da aviação militar do Chile com 38 pessoas a bordo, das quais 35 militares e três civis
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco, através do cardeal secretário de Estado Pietro Parolin, enviou ao ordinário militar do Chile, dom Santiago Jaime Silva Retamales, um telegrama pelo desaparecimento do avião militar, ocorrido na terça-feira (10/12) ao sul do Chile.
O Papa, lê-se na mensagem, “acompanha as notícias que chegam daquele amado país sobre a perda de contato com a aeronave das Forças aéreas que se dirigia à Antártida”. Francisco “assegura sua proximidade espiritual ao povo chileno e a todas as famílias”, e “pede ao Senhor que assegure a esperança neste momento de incertezas e ajude os trabalhos de busca e aqueles que colaboram nas operações”.
O avião desapareceu dos radares após decolagem
Numerosos países participam, numa vasta região da Antártida, das operações de busca do avião – um C-130 da aviação militar chilena com 38 pessoas a bordo, das quais 35 militares e três civis.
O avião desapareceu dos radares após a decolagem de Punta Arenas, no sul do Chile. Tendo partido rumo à base antártica chilena “Presidente Eduardo Frei Montalva” em condições meteorológicas favoráveis, o avião desapareceu na primeira parte de sua viagem que deveria durar entre quatro e cinco horas.
Durante a noite, após ter ressaltado que o C-130 tinha autonomia de oito horas de voo, os responsáveis pela aviação chilena oficializaram a existência de “um acidente”, e lançaram as operações de socorro ao longo da rota prevista do avião.
Poucas esperanças de encontrar sobreviventes
Numa coletiva de imprensa, o comandante Claudio Alc zar forneceu o elenco dos passageiros a bordo da aeronave precisando que participam das buscas dois navios comerciais, além de outros dois da Marinha, e onze aviões do Chile, Uruguai e Argentina, ao tempo em que são utilizadas imagens de três satélites (dois dos EUA e o chileno FASat Charlie).
Mas as esperanças de encontrar sobreviventes são poucas, como ressaltado pelo ministro da defesa chileno, Alberto Espina: “Estão sendo utilizados todos os meios disponíveis, mas as condições são proibitivas e é muito difícil” localizar o avião.
Difícil intervenção dos navios devido ao mau tempo
Um fio de esperança de encontrar sobreviventes deve-se ao fato que caso tenha podido fazer uma amaragem, o avião dispunha de dois botes infláveis que podiam ser utilizados pelos passageiros.
Ademais, o C-130 dispunha de um sistema Elt para uma indicação permanente da sua posição satélite, que porém aparentemente cessou de funcionar. Infelizmente, concluiu o alto oficial, há “ondas altas de até seis metros que dificultam a intervenção das embarcações que navegam na área”.