Termina o ano da Igreja, chamado de “Ano Litúrgico”, com a Festa de Cristo, Rei do Universo. Jesus nasce com o título de “Rei”, que viria reinar com estabilidade e seu reinado não teria fim. Seu nascimento foi interpretado como a presença humana da Palavra Divina, Deus tomando a forma de homem para redimir das fraquezas terrenas a humanidade mergulhada nas limitações de sua natureza.
Jesus nasce como Rei, mas diferente dos reis de seu tempo, porque não era conivente com um poder de pompa, de riqueza e de mando, mas investido das características de Pastor, de quem veio dar a vida pelos mais necessitados. Sua preocupação era totalmente voltada para a integridade e dignidade das pessoas. Por isto foi e agiu contra aqueles que praticam atitudes de exploração das pessoas.
O Ano Litúrgico começa com o Advento, tempo de preparação para o Natal, para o nascimento do Rei Jesus. Termina proclamando-O Rei do Universo, como Aquele que venceu os “espinhos” da vida, passou pela morte, ressuscitou e vive para sempre. Sua presença despertou esperança para quem vive no “túnel” da vida e sem perspectivas para uma condição melhor.
O verdadeiro pastor não é aproveitador da situação social das ovelhas, não as abandona nos momentos difíceis e nem se torna pastor de si mesmo. Ele age com justiça e não tolera exploração de umas sobre as outras, porque todas as ovelhas têm direito de condições de vida digna e saudável.
Duas virtudes são fundamentais para pastores e ovelhas. Uma é a prudência no desempenho dos talentos que cada pessoa naturalmente possui, não fazendo uso deles como desvio de sua finalidade, realizando o mal. A outra é a insensatez, falta de prudência, agindo de forma irresponsável.
No reinado de Jesus Cristo têm precedência o amor, a paz, a justiça e a fraternidade, e não há lugar para o egoísmo. Em quem depositamos nossa esperança no contexto cultural de hoje? No poder, nas tecnologias, ou no encontro com o Deus que está presente na vida dos excluídos!