Faleceu nesta quinta-feira, 5 de setembro, o padre Gregório Lutz, da Congregação Espiritana, aos 88 anos. Nascido em Siegen, na Alemanha, em 1931, o presbítero residia no Brasil desde 1970, onde tornou-se professor de liturgia em São Paulo a convite do então arcebispo dom Paulo Evaristo Arns.
Padre Gregório teve atuação importante na vida da pastoral litúrgica da Igreja no Brasil. De 1979 a 1985 foi assessor da Comissão para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e entre 2015 e 2016 foi perito na Comissão Episcopal de Textos Litúrgicos, a Cetel, encarregada da tradução do missal romano.
O presbítero também foi membro fundador do Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard, associação de natureza educativa, vinculada à Igreja Católica, constituída por um grupo de liturgistas que se dedica ao estudo, à formação, à pesquisa e à produção científica na área da liturgia.
Padre Gregório é autor de inúmeros artigos e livros sobre liturgia. Trabalhou até 2019 com os mais pobres da periferia de São Paulo. Faleceu hoje na Alemanha, vítima de câncer.
Em nota assinada pelo Superior Provincial da Província Espiritana do Brasil, padre Leonardo da Silva Costa, a instituição se une “na gratidão por todo o bem feito por ele e na Oração por seu descanso eterno”.
O atual presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB, dom Edmar Peron, disse que o padre Gregório foi “extremamente dedicado à liturgia”: “A liturgia não foi na vida dele algo exterior ou que envolveu algum tempo da vida dele, a liturgia envolveu a vida inteira do padre Gregório, seja como professor, estudioso, perito, assessor, a liturgia deu sentido à vida e consumiu a vida do padre Gregório”, disse.
“Hoje mesmo nós dizíamos que a grande contribuição dele na Cetel era uma teologia da liturgia muito clara, afinada, na ponta da língua e isso ajudava muito o grupo da cetel”, finalizou dom Edmar.