A Comissão Episcopal de Textos Litúrgicos (Cetel) da CNBB iniciou na terça-feira, dia 03, uma primeira reunião após a aprovação pela Assembleia Geral da CNBB, ocorrida em maio, da tradução da terceira edição do missal romano. O objetivo, segundo o presidente da Comissão, dom Edmar Peron é que os membros façam agora uma revisão geral em vista de uma edição provisória. “Como todas as partes já foram apresentadas às Assembleia Gerais ao longo desta década, o que estamos fazendo aqui é um repassar dessa tradução”, conta.
Usado no rito romano para a celebração da Missa, o novo missal constitui mais uma prova de solicitude da Igreja e da sua tradição contínua e coerente. A tradução da terceira edição do Missal Romano, trabalho que já vem sendo realizado pela Cetel há 12 anos, atende a uma ordem vinda da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos através da quinta instrução Liturgiam Authenticam, de 2001, que serve de comentário sobre as traduções em língua vernáculo dos textos da liturgia romana.
Dom Aloísio Alberto Dilli, bispo de Santa Cruz do Sul e membro da Cetel, disse que a reunião precisou ser convocada pois alguns detalhes do missal precisaram ser retomados. “Estamos, por exemplo, vendo os textos que já foram traduzidos na nova Bíblia da CNBB. Esses textos precisam entrar no Missal Romano e para isso eles precisam ser adaptados, pois nem sempre dá para pegar exatamente a frase como ela está lá e colocar dentro do Missal, dentro da liturgia, então esse é o trabalho que estávamos fazendo hoje de manhã e vamos continuar também na parte da tarde”, garantiu.
Dom Dilli afirmou ainda que ao longo da revisão o grupo também percebeu a necessidade de traduzir as alternativas de bênçãos para as diversas celebrações durante o ano litúrgico, e que por isso, a Cetel vai dar continuidade ao trabalho. “De fato, é um longo trabalho e por vezes a equipe foi se renovando e mudando um pouco a metodologia de trabalho, mas desde que eu participo nós temos praticamente três orientações principais para a tradução”, conta.
A primeira orientação citada pelo bispo é a de que o texto seja fiel ao original em latim. Em segundo lugar, a de que o texto deva ser compreensível por todos e em terceiro lugar, que ele tenha uma linguagem fluente. “Portanto, veja o quanto é importante o missal em relação a forma litúrgica de rezar do povo brasileiro”, finalizou dom Dilli. A próxima reunião da Cetel deverá ocorrer em novembro deste ano.