Nas últimas décadas, o crime e a violência aumentaram de forma drástica no Brasil, particularmente nas grandes áreas urbanas, intensificando o debate público sobre causas e soluções.
O direito à vida é o mais fundamental de todos os direitos. Ter segurança significa viver sem temer o risco de violações da própria vida, liberdade, integridade física ou propriedade. Segurança significa não apenas estar livre de riscos reais, mas também ser capaz de desfrutar de um sentimento de segurança. Nesse sentido, os direitos humanos são sistematicamente afrontados pela violência e pela insegurança.
A violência é vista como violação de direitos humanos fundamentais, com ameaça ao respeito aos princípios de liberdade e igualdade.
O direito dos jovens à vida digna e ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades foram temas tratados na carta mensal do bispo auxiliar de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, Dom Eduardo Pinheiro da Silva, no último mês de agosto. Ele recordou as orientações do Documento 85 da CNBB – “Evangelização da Juventude”, que define linha de ação voltada ao direto à vida. Dom Eduardo lembra que as paróquias são motivadas, à luz do Documento a “articular ações contra as violências que atentam ao direito à vida da juventude e estimular a inserção da Igreja nos conselhos de direito e nos espaços de decisão política, em todas as suas instâncias”.
O serviço de evangelização da juventude, – escreveu Dom Eduardo – além de proporcionar condições para a formação integral dos jovens em suas várias dimensões, conta, também, com ações pontuais e proféticas da instituição eclesial na luta pela garantia dos direitos básicos das juventudes. A presença qualificada da Igreja na sociedade sugere, cobra, acompanha e defende projetos favoráveis aos jovens. “Frente à situação de extrema vulnerabilidade a que está submetida a maioria dos jovens brasileiros, é necessária uma firme atuação de todos os segmentos da Igreja no sentido de garantir o direito dos jovens à vida digna e ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades. Isso se desdobra e concretiza no direito à educação, ao trabalho e à renda, à cultura e ao lazer, à segurança, à assistência social à saúde e à participação social” (Doc. 85 CNBB, n. 230).
Sobre a violência entre os jovens no Brasil, tempos atrás conversamos com o Arcebispo de São Luiz do Maranhão, Dom José Belisário da Silva, Vice-presidente da CNBB. Eis o que ele nos disse.
Fonte: Rádio Vaticano
Local: Cidade do Vaticano