Contra muitas expectativas haverá um segundo turno das eleições em vários Estados e para a Presidência da República.
 Isto significa que até o dia 26 de outubro deste ano os brasileiros estarão ainda voltados para seus deveres cívicos para um novo comparecimento às urnas. 
No que tange à escolha do Mandatário Supremo da Nação haverá três semanas para uma madura reflexão, uma análise de tudo que vem acontecendo na República nos últimos anos é tempo razoável.
Tudo que os dois candidatos à Presidência falaram, e já estão falando precisa ser analisado em profundidade.
Inexorável é a verdade de que o Povo deseja mudanças, mas mudanças com a necessária segurança de manutenção das conquistas que vêm desde o governo de FHC.
Não é possível continuar convivendo com tanta crise sem fazer nada. Como bem se expressou Luciano Duarte Peres: “Hoje o brasileiro está submetido a uma das mais elevadas cargas tributárias do mundo, sem, contudo, ter a contraprestação, e isso pode ser constatado com a falta de segurança generalizada, precariedade dos serviços de saúde pública, falta de investimentos na infraestrutura para o desenvolvimento econômico da indústria, entre outros”. 
A questão há de ser a transparência com que os debates se darão sobretudo nesta reta final das eleições.
 Realizar alguma coisa supõe dar à sociedade explicações claras do que está ocorrendo. 
O affaire da Petrobrás, certamente, virá à tona. Há também a questão do mensalão e muitos continuam como Pilatos a lavar as mãos dizendo que nada sabiam sobre os fatos que ocorreram.
 Embora pudessem ter dimensões maiores o resultados do primeiro turno mostrou que  vale sempre o slogan: “Voto nos bons, veto nos maus políticos”. 
Muitos dos envolvidos nos escândalos não foram reeleitos ou eleitos o que demonstra maturidade da população brasileira. 
O povo está atento. O cidadão brasileiro já não é o inocente manipulável de outras épocas.  Quer transparência e zelo no trato com o dinheiro público. 
Tal é o sentimento da maioria dos cidadãos desta Pátria em busca de desenvolvimento e não apenas de assistencialismo deletério.
 Acabar é preciso com o triste ditado: “Brasileiro é assim: plantando dá, não plantando dão”.
Ajudar de fato  a quem está na miséria, mas, isto sim, dar condições a todos os patrícios para com seu trabalho honesto se promover dentro da sociedade. 
Este é um momento precioso da História do Brasil: revigorar a consciência cívica, o interesse pelo voto como arma contra a corrupção.
 Então, segundo um belíssimo ensinamento  de Rui Barbosa, ninguém precisará  sentir vergonha por ver triunfar as nulidades, por  assistir prosperar a desonra, por  ver crescer a injustiça, por contemplar agigantarem-se os poderosos. Ninguém há de desanimar por praticar a virtude ou rir-se da honra. Ninguém terá vergonha de ser honesto!”
Cumpre refletir em tudo isto para que os eleitores do último domingo de outubro saibam bem escolher, mormente, quem vai governar o país por quatro anos.
Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos
			
		

