O Projeto Igrejas Irmãs, criado em 1972 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), envia há quase 50 anos, leigos, padres e religiosos em missão para todo o Brasil. A iniciativa é uma forma de solidariedade e de comunhão entre as Igrejas, onde uma diocese olha para as necessidades de outra e se dispõe a ajudar.
Animada pela ideia nacional, a diocese gaúcha de Santo Ângelo assumiu no ano seguinte, em 1973, a diocese de Marabá como sua Igreja Irmã e nestes dias celebra a disposição e o envio da sua primeira leiga às terras paraenses.
“Os leigos são chamados a estar na primeira linha precisamente nos ambientes de difícil acesso e com um empenho de dedicação que de modo algum deve ser inferior ao dos consagrados”, afirma o documento A Igreja de Cristo em Missão no Mundo. Neste sentido, Fernanda ressalta que sua motivação para a missão é principalmente o encontro: “O que me motiva a sair em missão é olhar o outro. Sentir que ele existe e que eu posso fazer diferença na vida das pessoas”, explica.
A advogada, mestra em Direitos Humanos, conta que sua motivação nasceu primeiramente no Movimento Emaús, através de uma missão em sua cidade, Horizontina. “Como Deus é bom o tempo todo, ele me deu a oportunidade de fazer parte das missões franciscanas da juventude! A vivência nas missões foi uma das experiências mais incríveis da minha vida. Eu fui agraciada com um final de semana lindo, repleto de compartilhamentos, partilhas, histórias e aprendizagens”, relata Fernanda.
“Eu quero viver isso sempre, envolver pessoas, corações, sentimentos, olhares, milagres, ideais, comunidades e difundir a paz, experimentar essa alegria constante ao sentir a presença Dele e espalhar a palavra mais pura: o amor. Eu quero ser missão sempre. Eu sou missão, eu sou encontro”, destaca Fernanda. Sobre as expectativas para este tempo, ela aponta: “que eu tenha saúde, perseverança e disposição para seguir os planos do Pai, que irá conduzir todos os meus passos, como fez até aqui. Vou de coração aberto para viver todas as experiências”, finaliza.
A missionária parte no dia 04 de agosto para Brasília para participar de uma formação no Centro Cultural Missionário específica sobre a realidade amazônica. Em 09 de agosto ela embarca para Marabá, onde deve ficar um ano na missão.
Com colaboração de Victória Holzbach