A polícia indonésia revelou os nomes do casal que orquestrou um ataque terrorista contra a catedral de Nossa Senhora do Monte Carmelo, na cidade de Jolo (Filipinas), em 27 de janeiro deste ano.
Dedi Prasetyo, porta-voz da Polícia Nacional da Indonésia, disse em 23 de julho que Rullie Rian Zeke e sua esposa Ulfah Handayani Saleh tinham detonado bombas suicidas na catedral.
Prasetyo disse que a polícia descobriu a identidade dos atacantes no mês passado, quando prenderam um militante islâmico que recrutou o casal indonésio.
Antes de o casal se submeter a um programa de “desradicalização” patrocinado pelo governo, estiveram envolvidos com Jemaah Anshorut Daulah, uma organização extremista islâmica aliada ao Estado Islâmico.
Em 27 de janeiro de 2019, explodiram duas bombas durante a missa que era celebrada na sede do Vicariato Apostólico de Jolo, matando 21 pessoas e ferindo outras 111.
A conferência dos bispos filipinos condenou o ataque como um “ato de terrorismo”. O Estado Islâmico, que tem vínculos com o grupo insurgente muçulmano local Abu Sayyaf, se responsabilizou pelo ataque. Os atentados de Abu Sayyaf contra os católicos na região são frequentes.
A catedral foi reaberta em 23 de julho, durante uma Missa presidida pelo Arcebispo Gabrielle Caccia, Núncio Apostólico nas Filipinas, junto com o Cardeal Orlando Quevedo, Arcebispo Emérito de Cotabato.
Jonathan Luciano, diretor nacional da Fundação Pontifícia Ajuda à igreja que Sofre (ACN) nas Filipinas, disse que os clérigos ofereceram palavras de esperança e alento.
“(O Cardeal Quevedo) descreveu como eram inspiradoras as pessoas de Jolo graças a sua fé e resistência, apesar da constante perseguição”, disse Luciano em um recente informe.
“Ao final da Missa, o Arcebispo Caccia assegurou às pessoas que a Igreja de Cristo e a comunidade cristã estão com eles. Isto não se manifesta só com ajuda financeira, mas também através da solidariedade da oração em todo o mundo”, acrescentou.