Cidade do Vaticano
Situada ao norte da Austrália, Papua Nova Guiné é um dos estados onde, a cada ano que passa, a mudança climática se torna cada vez mais evidente, vindo a ser para muitos causa de miséria e desespero.
Urgente “conversão ecológica” mudando estilos de vida
Tempos atrás, o representante dos serviços de socorro da Caritas local, Matthew McGarry, durante uma mesa-redonda sobre a situação na Ilha Manam, na província de Madang, e nas ilhas Cartaret, na província de Bougainville, observava a urgência de uma “conversão ecológica” partindo da mudança dos estilos de vida.
O líder da Associação Manam de Port Moresby, Henry Konaka, acrescentou que “é chegado o momento de trabalhar lado a lado com a população, com as autoridades locais e com o governo nacional a fim de permitir mudanças tangíveis ao bem-estar do nosso povo”.
Em 2050 haverá mais plástico nos oceanos do que peixes
Os participantes, entre os quais representantes da Conferência Episcopal de Papua Nova Guiné e Ilhas Salomão, acusaram o desmatamento, a extração minerária que não tutela o ambiente, a devastação dos fundos marinhos e, sobretudo, a eliminação de resíduos, em particular, dos materiais de plástico que estão destruindo a criação e contribuem para agravar a pobreza entre as populações.
Segundo alguns estudos, até 2050 haverá mais lixo de plástico nos oceanos do que peixes. A esse propósito, a Caritas expressou preocupação com os habitantes das ilhas Cartaret e Manam, na Arquidiocese de Madang, onde há escassez de alimento para mais de duas mil pessoas quando as marés invadem a orla e adjacências, destruindo as culturas alimentares de base.