Os membros da Fundação Populorum Progressio para América Latina, reunidos no Vaticano desde o dia 11, foram recebidos pelo Papa Francisco na manhã desta sexta-feira, 13 e saudados pelo Pontífice com um discurso.
Em espanhol, Francisco lembrou aos 10 representantes que já em 1967, na Encíclica Populorum progressio, Paulo VI ressaltou que a caridade havia adquirido uma dimensão mundial, sublinhando que “os povos famintos interpelam, de modo dramático, os povos opulentos» (n. 3).
O Papa disse que esta situação persiste, e hoje é talvez ainda mais grave, porque as causas do problema não foram eliminadas. Como afirma a Gaudium et spes, do Concilio Vaticano II, “quando a maior parte do mundo ainda sofre tanta necessidade, o próprio Cristo apela em alta voz para a caridade dos seus discípulos (cf. n. 88).
“Quanto prejuízo faz a “cultura do descarte”, a economia da exclusão e a desigualdade. É o que vemos também na América Latina, onde os desequilíbrios econômicos criaram imensos bolsões de pobreza. Por isso, é importante que a Fundação desperte, dia após dia, a responsabilidade de quem trabalha para ela, e acolha novas colaborações de pessoas de boa vontade”.
O principal desafio, segundo Francisco, é manter sempre unido o zelo material e espiritual, para responder de forma realmente digna às necessidades dos irmãos. “A pior discriminação que os pobres sofrem é a falta de atenção espiritual”, disse, citando a sua Encíclica Evangelii gaudium.
Enfim, o Pontífice agradeceu a obra da Fundação, que “é um testemunho tangível da presença do Papa, de toda a Igreja, e principalmente, de cada Igreja particular, em meio aos pobres e aos que sofrem”. Também foi nomeada a Conferência Episcopal Italiana, que até agora se encarregou das necessidades da Fundação.
Fonte: Rádio Vaticano
Local: Cidade do Vaticano