Presidente da CNBB NE2 celebra missa pela paz no futebol

Após a trágica morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes de 26 anos, atingido por um vaso sanitário arremessado da arquibancada, no Estádio do Arruda, em Recife, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, apoiado por outros bispos do regional Nordeste 2, organizou um gesto concreto pela paz no futebol.

Na noite do dia 2 de junho, foi realizada uma missa, na igreja de Santa Cruz, área central da capital pernambucana, que reuniu várias autoridades civis e militares que junto a dirigentes e torcedores de vários times pernambucanos, se uniram para manifestar solidariedade à família do jovem morto e dar um exemplo de paz.

A missa foi presidida pelo presidente do regional, dom Fernando, e concelebrada por bispos do regional como: dom Algo Pagotto, (arcebispo da Paraíba); dom Frei Magnus (bispo de Salgueiro); dom Bernardino Marchió (bispo de Caruaru); dom Severino Batista (bispo de Nazaré); e dom Edvaldo Amaral (arcebispo emérito de Maceió).

Em sua homilia, dom Fernando ressaltou a importância dos esportes, especialmente o futebol, na produção de entretenimento para a população, mas por outro lado, criticou a disseminação de práticas violentas. “O Evangelho aponta o caminho do perdão, claro que os responsáveis terão que assumir com suas responsabilidades, mas o único caminho para seguir em frente é perdoando a exemplo de Cristo”, disse o arcebispo dirigindo-se à família de Paulo Ricardo.

Ainda durante a celebração, bandeiras de times de Pernambuco foram colocadas aos pés do altar por torcedores que, posteriormente, se abraçaram para, simbolicamente, celebrar a união entre as torcidas.

Entenda o caso

Paulo Ricardo Gomes morreu de forma trágica logo após o jogo entre Santa Cruz e Paraná, pela Série B do Campeonato Brasileiro, na noite da sexta-feira, 2 de maio. Ele passava próximo ao portão 6 do Arruda (estádio do Santa Cruz futebol clube), quando foi atingido por um vaso sanitário arremessado da arquibancada.

Ao fim da partida, a torcida do Santa Cruz foi orientada pela Polícia Militar a sair do estádio antes da torcida visitante. No entanto, um grupo uniformizado armou a emboscada para os rivais. Ao deixarem o estádio, 15 minutos depois, os torcedores do Paraná foram “recepcionados” por três bombas e recuaram. Neste momento, dois vasos sanitários arrancados dos banheiros do anel superior do estádio foram atirados.

Os autores do assassinato foram identificados e presos dias depois.

Fonte: CNBB