Nesta terça-feira, 10, a fachada do Pateo do Collegio, a escola fundada por São José de Anchieta e onde está o marco zero da cidade de São Paulo, amanheceu pichada em letras vermelhas com a frase: “olhai por nois” e, segundo o sacerdote diretor do Patteo, Pe. Carlos Alberto Contieri, a restauração não será fácil e ainda se estima quanto custará.
O sacerdote expressou também surpresa diante do fato, pois foi a primeira vez que a instituição se tornou alvo desse tipo de vandalismo. Entretanto, o religioso já vinha pedindo por mais vigilância na área. Ao Portal G1, o sacerdote disse que há dois anos pede por mais segurança no local.
Pe. Carlos Alberto Contieri, disse que o custo de recuperação da fachada ainda não foi estimado.
Por sua parte, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou à Agência Brasil “que existem bases comunitárias da Polícia Militar que circulam pela região do patrimônio histórico e que a PM está em contato com a comunidade para reavaliar a operação de combate ao vandalismo. A Prefeitura afirmou que a GCM faz rondas diárias na região”.
Ainda segundo a Agência Brasil, o prefeito regional da Sé, Eduardo Odloak, afirmou que a pichação foi feita durante a madrugada, por duas pessoas, exatamente à 1h24, conforme registrado pelas câmeras de segurança. Os pichadores levaram apenas um minuto e meio, de acordo com Odloak para concluir a intervenção, provavelmente com o uso de extintores ou um compressor. “Uma ação relâmpago”, enfatizou.
“A parede provavelmente vai ter que ser lixada”, acrescentou à EBC o prefeito regional, ao falar sobre as providências que terão de ser tomadas para recuperar a fachada.
O prédio foi construído em 1554, por ordem de São José de Anchieta, que decidiu erguer um lugar que servisse de alojamento para os jesuítas e um colégio voltado para a evangelização dos índios. A construção do Pateo do Collegio foi considerado o ato fundacional da cidade de São Paulo e desde 1975 é considerado patrimônio histórico e sítio arqueológico da capital paulista. A construção hoje abriga o Museu de Anchieta, um dos mais visitados de São Paulo, e a igreja São José de Anchieta. Até hoje, toda a propriedade está sob os cuidados dos jesuítas.